[weglot_switcher]

Rede social Snapchat vai deixar de promover mensagens de Donald Trump

A empresa da rede social Snapchat, popular entre os jovens, acusou o Presidente dos EUA de incitar à “violência racial”, anunciando que deixará de promover as mensagens da conta de Donald Trump.
3 Junho 2020, 21h43

As mensagens de Trump, na sua conta verificada, permanecerão, ainda assim, visíveis para os seguidores da conta do Presidente norte-americano e aparecerão quando um utilizador fizer uma pesquisa específica.

“Não iremos ampliar vozes que incitam à violência racial e à injustiça, promovendo-as gratuitamente no Discover”, disse um porta-voz da empresa, referindo-se a um segmento de notícias desta rede social.

Trump tem mais de 1,5 milhões de seguidores na Snapchat, uma rede social com uma forte frequência de jovens utilizadores.

A decisão da Snapchat acontece dias depois de Donald Trump ter usado as suas contas nas redes sociais para ameaçar os manifestantes que protestam de forma violenta, há uma semana, contra a morte de George Floyd, um afro-americano que foi vítima fatal de uma ação violenta da polícia, em Minneapolis.

No momento em que as manifestações de protesto escalavam de tensão, Donald Trump usou a rede social Twitter para dizer que os manifestantes seriam enfrentados com “os cães mais ferozes e armas terríveis” e alertando que quando as manifestações começassem a ser violentas, “surgiriam tiros”.

A empresa da rede social Twitter, que Trump usa com muita frequência, denunciou algumas das mensagens do Presidente como “glorificando violência”.

Essas mensagens foram também colocadas na conta do Presidente na rede social Facebook, que, contudo, as deixou permanecer, sem qualquer referência, o que provocou mal-estar dentro da empresa.

No passado domingo, o presidente da Snapchat já tinha divulgado um comunicado em que condenava a violência racial, explicando que não poderia aceitar que utilizadores da sua rede social a usassem para incitar atos impróprios, embora sem nunca se referir a Donald Trump.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.