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Regresso da ‘guerra comercial’ com China provoca queda nas bolsas. Londres escapa às perdas

O PSI 20 fechou em queda de 1,39% para 5.304,68 pontos com praticamente todos os títulos em queda. Os maiores tombos couberam à Mota-Engil (-2,94% para 2,244 euros) e ao BCP a descer -2,26% para 0,2506 euros.
  • Presidente chinês, Xi Jinping, e governante norte-americano, Donald Trump, conversam durante evento em Pequim, em 2017
6 Maio 2019, 16h48

O PSI 20 fechou em queda de 1,39% para 5.304,68 pontos com praticamente todos os títulos em queda. Os maiores tombos couberam à Mota-Engil (-2,94% para 2,244 euros) e ao BCP a descer -2,26% para 0,2506 euros.

A Navigator deslizou -1,88% para 3,764 euros e a Semapa fechou a cair -1,52% para 14,260 euros. A Jerónimo Martins também com queda de -1,78% para 14,315 euros.

Já era espectável que os mercados reagissem em queda ao desenterrar do machado de guerra nas tarifas comerciais às importações chinesas nos Estados Unidos.

Esta foi uma sessão de correção na negociação europeia penalizada pelos comentários de Trump. O Presidente norte-americano utilizou a sua conta do Twitter para indicar que pretende aumentar as tarifas sobre o equivalente a 200 mil milhões de dólares de produtos chineses importados dos EUA a partir da próxima sexta-feira.

“Esta comunicação está a ser vista pelo mercado como um passo atrás nas negociações comerciais EUA/ China. O foco agora está na possível visita da comitiva chinesa aos EUA esta semana, já com um responsável chinês a indicar que a viagem se mantém”, diz o analista da MTrader, Ramiro Loureiro.

Os setores mais expostos à economia chinesa acabam por ser os mais pressionados como o Automóvel e Tecnológico.

O FTSE 100 fechou a subir 0,40% para 7.380,64 pontos e foi a exceção. O EuroStoxx 50 caiu 1,09% para 3.464,41 pontos. O CAC 40 cai 1,15% para 5.485,3 pontos; o DAX deslizou 0,95% para 12.295, 15 pontos; o IBEX perdeu 0,70% para 9.343,6 pontos; e o FTSE MIB tombou 1,47% para 21.443,8 pontos. Até a Holanda perdeu 0,90%.

“Os bons indicadores macro divulgados durante o dia de hoje foram postos de lado. O PMI compósito para a Zona Euro veio melhor que o previsto e mostra uma estabilização da economia”, explica o mesmo analista.

Os serviços da Zona Euro desaceleram mas menos que o esperado. O valor final do PMI Serviços para a Zona Euro desceu dos 53,3 para os 52,8 em abril, um registo ainda assim melhor do que apontava a primeira estimativa (52,5). O índice encontra-se, assim, acima do limiar da neutralidade (50,0 pontos).

A confiança dos investidores da Zona Euro está em recuperação. O indicador Sentix que mede a confiança dos investidores voltou a melhorar pelo 3.º mês consecutivo. Valor leitura passou dos -0,29 para os 5,3, uma melhoria bem acima do esperado.

As vendas a retalho na Zona Euro subiram 1,9% num ano em março (versus os +1,8% esperados). Em março de 2019, o volume do Comércio a Retalho aumentou 4,3% em Portugal, 1,9% na Zona Euro e 2,9% na UE a 28.

O mercado de obrigações soberanas mostra que a dívida portuguesa está a sbir 0,2 pontos base para uma yield de 1,123%. também a subir os juros da dívida italiana (+1,3 pontos base para 2,574%). Espanha, ao contrário tem os juros a 10 anos em queda de 0,3 pontos base para 0,981% e a Alemanha tem os juros a caírem 1,8 pontos base para 0,007%.

O Brent cai 0,18% para 70,72 dólares.

O euro também cai ligeiramente 0,01% para 1,1197%.

 

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