[weglot_switcher]

Regulador europeu decide em outubro sobre terceira dose da vacina contra a Covid-19 (com áudio)

O regulador da UE disse a 6 de setembro que começou a sua avaliação dos dados apresentados pela Pfizer e BioNTech para uma dose de reforço a ser dada seis meses após a segunda dose em pessoas com 16 anos de idade ou mais.
23 Setembro 2021, 12h47

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) espera decidir no início de outubro sobre o possível uso de uma terceira dose, ou dose de reforço, da vacina produzida pela Pfizer/BioNTech contra a Covid-19, avança a “Reuters”.

Será a primeira decisão do regulador de medicamentos da União Europeia (UE) sobre doses de reforço, segundo uma fonte citada pela “Reuters”, na sequência da Food and Drug Administration dos EUA ter autorizado na quarta-feira uma terceira dose da vacina da Pfizer para pessoas com 65 anos ou mais, todas as pessoas com alto risco de doença grave e outras que estão regularmente expostas ao vírus.

“A decisão da EMA sobre a terceira dose da Pfizer é esperada para o início de outubro”, disse a fonte, que preferiu não ser identificada. Por sua vez, a Pfizer não quis comentar, enquanto a BioNTech não se mostrou imediatamente disponível para abordar o tema.

O regulador da UE disse a 6 de setembro que começou a sua avaliação dos dados apresentados pela Pfizer e BioNTech para uma dose de reforço a ser dada seis meses após a segunda dose em pessoas com 16 anos de idade ou mais.

A Moderna também deve apresentar dados à EMA ainda este mês sobre a sua dose de reforço, segundo um documento divulgado pela UE.

Num parecer emitido no início de setembro e publicado pela EMA, o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) disse que “não havia necessidade urgente” de administrar doses de reforço a indivíduos totalmente vacinados na população geral. Mas também sublinhou que doses adicionais “já devem ser consideradas para pessoas com sistema imunológico gravemente enfraquecido” como parte da sua vacinação primária.

Muitos estados da UE já decidiram administrar uma dose de reforço, apesar de enfrentarem riscos legais mais elevados, sem uma decisão formal da EMA que os autorize.

A UE assinou três acordos com a Pfizer e BioNTech para um total de 2,4 mil milhões de doses. O último contrato cobre o fornecimento de pelo menos 900 milhões de vacinas, uma grande parte das quais provavelmente só será utilizada se os reforços forem considerados necessários ou se surgirem novas variantes do vírus contra as quais a vacinação existente não se mostre eficaz.

Mais de 70% da população adulta da UE já foi totalmente vacinada e o bloco garantiu um amplo fornecimento de vacinas de vários fabricantes. O ECDC disse que ainda faltam dados cruciais sobre a necessidade e segurança dos reforços, em parte porque ainda não está totalmente claro por quanto tempo as vacinas protegem contra o vírus.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.