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Regulador suíço está a investigar últimos meses de vida do Credit Suisse

O regulador financeiro suíço ordenou que fosse realizada uma auditoria sobre a forma como a gestão do Credit Suisse lidou com os acontecimentos que levaram ao seu desaparecimento em 2023, antes de ser comprado pelo UBS.
22 Setembro 2024, 15h41

O regulador financeiro da Suíça (FINMA) está a investigar os últimos meses de vida do Credit Suisse, antes de ser comprado pelo rival UBS. O objetivo é tentar compreender em que momento é que a administração percebeu que o banco já não podia ser salvo, qual a sua liquidez e como foi feita a gestão da instituição financeira neste período.

O FINMA ordenou, em setembro do ano passado, que fosse realizada uma auditoria sobre a forma como o Credit Suisse lidou com os acontecimentos que levaram ao seu desaparecimento em 2023, avança a “Reuters” este domingo, citando o jornal suíço “SonntagsZeitung”. Desde então, já foram questionados cerca de uma dúzia de antigos e atuais colaboradores dos dois bancos, numa análise que incide nos últimos 15 meses do banco antes de ser comprado em março pelo UBS.

O objetivo, explica a publicação, foi perceber se as autoridades foram enganadas pela então administração do Credit Suisse. Contactados pela “Reuters”, o regulador, Ministério das Finanças e banco central da Suíça não quiseram comentar. O UBS também não respondeu às questões colocadas.

Em dezembro, o regulador afirmou que o Credit Suisse esteve perto de implodir meses antes de ser comprado pelo UBS e defendeu um reforço dos poderes para supervisionar os bancos. Perante várias críticas, o FINMA garantiu ter adotado medidas “invasivas” para corrigir as deficiências encontradas no Credit Suisse, numa altura em que os clientes retiravam montantes elevados de dinheiro da instituição financeira.
No entanto, o regulador concluiu que as suas medidas para assegurar a liquidez não conseguiram evitar a falência do banco em março de 2023.
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