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Reino Unido: conservadores temem sondagens enganosas

Dominic Cummings, assessor de Boris Johnson, roga aos conservadores que entrem em campanha quase ‘porta-a-porta’ para uma maioria confortável.
28 Novembro 2019, 07h44

Um dos mais próximos assessores do primeiro-ministro Boris Johnson, Dominic Cummings, disse aos partidários do Brexit que as eleições gerais de 12 de dezembro serão “muito mais apertadas” do que as sondagens sugerem e exortou a que todos participem na campanha e por nenhum motivo deixem de votar.

Cummings trabalhou em estreita colaboração com Johnson desde o momento em que este entrou no número 10 de Downing Street, embora tenha ficado em segundo plano durante a campanha eleitoral. No seu blogue pessoal, o assessor escreveu que “veremos muitas sondagens nos próximos dias. Algumas dirão que Boris vencerá. Confiem em mim, como alguém que trabalhou em muitas campanhas, as coisas estão MUITO mais apertadas do que parecem e há uma possibilidade muito real de um parlamento suspenso”. “Sem maioria, o pesadelo continua. Todos os outros parlamentares se unirão para impedir o Brexit e dar o voto aos cidadãos da União. É tão simples quanto isto.”

Embora a liderança dos conservadores sobre os trabalhistas tenha diminuído levemente em algumas sondagens nos últimos dias, a maioria ainda aponta o atual primeiro-ministro como capaz de garantir uma maioria confortável. Mas muitos especialistas em eleições alertam para que a questão do Brexit, que atravessa transversalmente os paridos, torna as eleições de 12 de dezembro particularmente difíceis de prever.

Por outro lado, há o ‘clássico’ do costume: a percepção de que Johnson está a caminho da vitória também é considerada perigosa pelos analistas, que temem uma ‘desmobilização’ dos eleitores. Também contra isso está Cummings.

O assessor elogiou Johnson, escrevendo que “eu vi-o em reunião após reunião. Ele deu tudo o que tinha. As forças contra nós eram muito poderosas” e reforçou que o mais importante seria que os apoiantes do Brexit conversem com as pessoas para as convencer ‘porta a porta’ a votarem nos conservadores.

“A coisa mais útil que a maioria das pessoas pode fazer é reservar um tempo para conversar com amigos e familiares e explicar porque votará em Boris e porque acha que qualquer outro voto significa uma aliança Corbyn-Sturgeon [primeira-ministra escocesa] para controlar Downing Street, o que seria um desastre”.

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