O Banco de Inglaterra (BoE) manteve as taxas de juro inalteradas para o fim do ano, permanecendo os juros em 4,75%, mesmo depois da inflação no Reino Unido ter atingindo a taxa mais elevada desde março, fixando-se nos 2,6% em novembro.
Com as constantes preocupações dos políticos e com a persistente inflação dos serviços e crescimento dos salários, os analistas já esperavam que a decisão da reunião do Banco Central inglês em dezembro fosse de manter as taxas inalteradas. Contudo, este ano o BoE já desceu duas vezes as taxas, de 5,25 % para 4,75%, em agosto e em novembro.
A tomada desta decisão contou com seis votos do Comité de Política Monetária a favor e três contra, sendo que os três votos contra apontavam para uma descida da taxa em 25 pontos base (p.b).
Em comunicado a entidade liderada por Andrew Bailey, afirma que o “aumento da inflação global no Reino Unido em novembro foi ligeiramente superior ao esperado, e a inflação dos serviços permaneceu elevada”.
Michael Brown, analista sénior da Pepperstone, afirma que “a decisão significa que a ‘Old Lady’ proporcionou apenas 50 p.b. de flexibilidade este ano, à medida que os decisores políticos continuam a remover gradualmente as restrições políticas, no meio de contínuos sinais de pressão sobre os preços, que permanecem mais intensos do que o esperado”.
Na opinião do analista no futuro é provável que o comité de Política Monetária “apresente o próximo corte de 25 p.b. na taxa na reunião de fevereiro, desde que sejam feitos mais progressos de desinflação durante o inverno”.
Segundo a “CNBC”, os números do crescimento do Reino Unido foram mais fracos do que o esperado nos últimos meses, tendo a economia registado uma surpreendente contração de 0,1% em outubro.
Esta decisão foi conhecida um dia depois da Reserva Federal norte americana ter tomado a última decisão do ano, de baixar novamente as taxas de juro em 25 p.b., sendo a terceira descida consecutiva este ano.
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