A inflação no Reino Unido subiu pela primeira vez este ano ao aumentar para 2,2% em julho. No entanto, ficou ligeiramente abaixo das previsões de 2,3% dos economistas, conta a “Reuters” citando o Gabinete Nacional de Estatística britânico esta quarta-feira.
Já o Banco de Inglaterra (BoE) esperava esperava que a inflação subisse para 2,4% e que venha a atingir os de 2,75% no final do ano, à medida que o efeito das quedas acentuadas nos preços da energia em 2023 se dissipa, antes de regressar aos 2% no primeiro semestre de 2026.
O Banco de Inglaterra cortou as taxas de juro no início deste mês, depois destas terem atingido máximos de 16 anos (5,25%). Esta redução nas taxas diretoras chegou depois dos dados da inflação de maio e junho terem estabilizado nos 2%, o ritmo mais baixo desde julho de 2021 e em linha com o objetivo do Banco Central Europeu.
“Analisando os dados, as pressões inflacionistas subjacentes mostraram novos sinais de abrandamento. Os preços básicos (excluindo alimentos e energia) aumentaram 3,3% em termos homólogos, o ritmo mais lento desde setembro de 2021, enquanto o IPC dos serviços – uma componente à qual os decisores políticos têm prestado muita atenção neste ciclo – aumentou 5,2% numa base anual, o ritmo mais lento desde junho”, explica Michael Brown, analista de mercados da Pepperstone.
“A flexibilização das métricas da inflação subjacente e dos serviços deverá proporcionar aos decisores políticos algum grau de garantia de que estão a ser feitos progressos na eliminação das pressões persistentes sobre os preços na economia, embora o declínio também se deva ao desaparecimento de alguns aumentos pontuais nos preços do alojamento, talvez pelos impactos da digressão de Taylor Swift, observados no lançamento de junho”, adianta o analista.
Os dados mostram que a inflação anual dos preços dos serviços no Reino Unido caiu para 5,2% em julho, face aos 5,7% em junho, abaixo da previsão da sondagem dos economistas ouvidos pela “Reuters” de 5,5% e a mais baixa desde junho de 2022. Já o BoE tinha previsto uma descida para os 5,6%.
A libra esterlina caiu acentuadamente em relação ao dólar norte-americano depois de os dados terem sido publicados e os mercados financeiros apontarem uma probabilidade de 47% de um corte de 25 pontos na taxa do BoE em setembro, acima dos 36% antes da divulgação dos dados.
A inflação britânica atingiu o máximo em 41 anos, 11,1%, em outubro de 2022, impulsionada por um aumento dos preços da energia e da alimentação após a invasão da Ucrânia pela Rússia, a escassez de mão-de-obra e a perturbação da cadeia de abastecimento devido à Covid-19.
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