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Reino Unido prepara-se para maior número trimestral de insolvências desde 2009

A crise da Covid fez disparar o crédito das empresas britânicas, que agora se veem em dificuldades para fazer face a estes compromissos financeiros num contexto de inflação elevada, juros a disparar e atividade em quebra.
18 Julho 2023, 13h15

O Reino Unido deve registar novo recorde de insolvências de empresas no segundo trimestre, de acordo com uma estimativa rápida divulgada esta terça-feira apontando a 6.403 firmas nesta situação.

A economia britânica tem-se visto envolvida em diversos problemas e dificuldades, com a recuperação pós-Covid complicada por uma atividade em quebra. Muitas foram as empresas que optaram por contrair mais crédito face às restrições impostas pela pandemia, vendo-se agora numa situação complicada para os pagar.

Em junho, o Serviço de Insolvências do Reino Unido, um organismo governamental, reportou 2.163 pedidos de solvência, uma subida de 27% em termos homólogos e em relação aos 2.553 do mês anterior. A confirmarem-se estes números aquando da divulgação final do indicador, será o valor trimestral mais elevado desde 2009.

Os números mostram a dificuldade do sector produtivo britânico em lidar com o atual ambiente de inflação elevada, subida agressiva das taxas de juro e falta de mão-de-obra, o que vem agravar a dinâmica pós-Covid e Brexit, dois eventos com impactos profundos na economia do país.

O Governo britânico havia instaurado moratórias de crédito aquando da pandemia, tal como a generalidade das economias europeias. As medidas foram levantadas na totalidade até ao final do verão do ano passado, deixando agora os empresários numa situação delicada.

Ainda assim, a expectativa dos organismos estatais do Reino Unido é que esta evolução reverta na segunda metade do ano, com as empresas em maiores dificuldades após a Covid a finalizarem os seus processos de solvência.

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