O Departamento de Responsabilidade Orçamental (OBR, sigla em inglês) britânico admite que o impacto da pandemia de covid-19 e das medidas de contenção pode trazer uma quebra de 14% no Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido em 2020.
De acordo com as estimativas divulgadas, esta terça-feira, pela “Reuters” os riscos do governo britânico ter de ir aos mercados financiar-se para sobreviver aos danos da Covid-19 serão elevados. As contas dos analistas apontam para uma dívida pública que poderá aproximar-se dos 400 mil milhões de libras (cerca de 440,57 mil milhões de euros).
Numa perspetiva mais pessimista, a recessão poderá variar entre os 12,4% e os 14,3%, enquanto que num cenário mais otimista a queda poderá situar-se nos 10,6% e a dívida em 263 mil milhões de libras (289,67 mil milhões de euros).
A previsão vai em linha com as estimativas divulgadas pelo Banco de Inglaterra (BoE, sigla em inglês) no início deste mês. De acordo com os dados do BoE antecipa-se a maior recessão económica dos últimos 300 anos que deverá contrair-se em 14%.
O quadro apresentado aponta descidas significativas num conjunto de indicadores como o investimento empresarial (-26%), despesas domésticas (-14%) e rendimentos médios (-2%).
No segundo trimestre do ano, a quebra do PIB pode atingir os 25%, mas para o final de 2020, o Banco de Inglaterra admite “recuperação”. O quadro geral refere, assim, “uma queda muito acentuada do PIB do Reino Unido em 2020”, acompanhada de uma subida dos números do desemprego.
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