A economia britânica vai aproximar-se da alemã e aumentar a sua vantagem em relação a França, devendo apresentar o melhor desempenho nos próximos 15 anos entre as grandes economias europeias.
As perspetivas são do think tank britânico Centre for Economics and Business Research (CEBR), que divulgou recentemente novas previsões a longo prazo. Segundo o CEBR, o PIB do Reino Unido deverá crescer entre 1,6% e 1,8% até 2038, números que contribuem para a consolidação do sexto lugar entre as maiores economia do mundo.
A China deverá ser a primeira potência mundial em 2038, prevê o think tank, seguida dos EUA e Índia.
O World Economic League Table, que analisa a evolução do PIB das diferentes economias mundiais a curto, médio e longo prazo, coloca o Japão em quarto lugar, a Alemanha em quinto e o Reino Unido em sexto. No ano em análise, o último da projeção do CEBR, França cai um lugar para sétimo, seguindo-se o Brasil, Coreia do Sul, Canadá, Indonésia, Itália, Austrália, Rússia, México e Espanha, economias seguidas cada vez mais de perto pela Turquia.
De acordo com estas previsões, a economia indonésia ultrapassará, assim, a espanhola, que irá passar para o 16.º lugar da tabela do CEBR. A economia espanhola ficará, assim, de fora do grupo das quinze maiores do mundo.
Em termos populacionais, as estimativas da ONU indicam que a população da Indonésia continuará a aumentar para mais de 320 milhões de pessoas em 2050, recorda o “El Economista”. Para a Turquia, as projeções apontam para um crescimento para mais de 95 milhões em 2050. No caso de Espanha, verificar-se-á o contrário. Segundo a ONU, a população espanhola começará a diminuir em breve, caindo para menos de 40 milhões de habitantes a partir de 2075.
“O número isolado é algo anedótico, mas se o analisarmos em profundidade (olhando para trás), podemos ver o drama que a economia espanhola tem vivido desde o início da crise financeira em 2007. Mais de duas décadas de perdas em que os recursos foram concentrados em sectores pouco produtivos, não transacionáveis/exportáveis (durante os anos da bolha, foram afetados grandes recursos à construção de habitações) e que não foram utilizados para implementar uma mudança no modelo de crescimento real”, refere o “El Economista” num artigo a propósito da divulgação da lista, destacando que “o lado positivo é que a economia espanhola é agora um pouco mais competitiva e está a conseguir crescer sem gerar desequilíbrios”.
O intervalo 2004-2007 foi um dos períodos de ouro para Espanha, que chegou a ser a oitava maior economia do mundo. Contudo, nas últimas duas décadas o crescimento de Espanha foi praticamente inexistente, recorda a publicação espanhola, aludindo à crise financeira, da dívida soberana e da recessão espoletada pela Covid-19.
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