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Renacionalizar os CTT? “Não vamos fazer nenhuma reversão”, garante Pedro Nuno Santos

“Não vamos fazer nenhuma reversão”, garantiu de forma peremptória, embora admitindo que alguns processos de privatização foram mal conduzidos. Sublinhou, contudo, que não é possível “estar sempre a reverter tudo o que os outros fizeram”, referindo-se mais concretamente às “asneiras” que o PSD e CDS cometerem no período em que governaram.
Mário Cruz/LUSA
5 Janeiro 2024, 16h28

Pedro Nuno Santos colocou hoje de parte qualquer hipótese de um volte face quanto à privatização dos CTT. A questão foi colocada durante o Festival de Podcast, organizado pelo jornal Expresso para assinalar os seus 50 anos, que decorre em Campolide (Lisboa), e a propósito das recentes notícias que dão conta da compra de ações da empresa por parte Parpública, ordenada pelo Governo.

“Não vamos fazer nenhuma reversão”, garantiu de forma peremptória, embora admitindo que alguns processos de privatização foram mal conduzidos. Sublinhou, contudo, que não é possível “estar sempre a reverter tudo o que os outros fizeram”, referindo-se mais concretamente às “asneiras” que o PSD e CDS cometerem no período em que governaram.

O agora secretário-geral dos socialistas pronunciou-se ainda sobre o memorando da troika, negociado por José Sócrates quando estava no poder, do qual constava a privatização dos CTT, para dizer que “estava mal”. Admitiu ainda que a posição do Estado nesta altura não é a melhor, relativamente aos correios, por ter sido vendido o património que permitia que os correios cumprissem com as suas funções.

Pedro Nuno Santos partilhou algumas das suas ideias para o país e promete uma candidatura “a solo” para as legislativas de 10 de março. “O PS concorre sozinho, está focado em defender o seu programa eleitoral e implementar o seu programa eleitoral”, afastando assim um possível acordo pré-eleitoral, depois de Mariana Mortágua, líder bloquista, ter aberto a porta a um eventual acordo escrito com o Partido Socialista.

Para desfazer qualquer dúvida, Pedro Nuno Santos frisou que “o PS vai sozinho a eleições” e “para ter o melhor resultado possível”. Admite, ainda assim, olhar para “para a configuração parlamentar” após o acto eleitoral e depois disso, “logo se verá”.

Pedro Nuno Santos não se mostrou nada incomodado com a colagem a António Costa e disse ter “orgulho nesta governação e nos resultados” alcançados pelo executivo do qual chegou a fazer parte. Sublinhou, todavia, que “a tarefa não está acabada, nós temos sempre de fazer mais e melhor e de corrigir problemas que ainda não foram corrigidos”, referindo-se sobretudo à vertente económica.

Para o secretário-geral do PS é necessária “uma economia capaz de pagar os salários que os portugueses ambicionam e que têm direito, essa é uma tarefa muito difícil, é para nós o principal desafio”.

 

 

 

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