Os últimos meses tem sido marcado por uma elevada volatilidade provocada pelos efeitos da invasão russa à Ucrânia. Apesar disso, afirma o CEO da Axpo Iberia, o sistema tem reagido de forma “positiva e resiliente” a esta turbulência, com a aposta nas renováveis a ser a resposta para as várias crises que se vive atualmente no sector.
“Poucas vezes na história do mercado de energia passámos por uma situação parecido à dos últimos meses”, começou por dizer Ignacio Soneira, CEO da Axpo Iberia, na conferência sobre transição energética e as alternativas renováveis ao gás natural organizada esta quarta-feira no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, e que contou com o Jornal Económico como media partner.
No entanto, e “apesar da enorme turbulência”, o “sistema tem reagido de forma positiva e de resiliente”, frisou o responsável, salientando que o sector vive atualmente três crises. “Uma crise ambiental, uma crise de segurança do abastecimento e uma crise de preços que trava a competitividade das nossas empresas”, disse.
A nível ambiental, “todos temos consciência da importância de atuar a todos os níveis”. Quanto à segurança do abastecimento, “era um conceito do qual quase dos tínhamos esquecido”, com a invasão russa à Ucrânia e a necessidade de reduzir a dependência de um fornecedor, a mostrar “como é fundamental ter um mix energético diversificado”.
Já a crise de preços é um “reflexo das mudanças extremas que vivemos nos últimos anos”, com o “mercado a reagir como esperávamos: com enorme volatilidade”. De acordo com o CEO da Axpo Iberia, “vamos encontrar solução para todas as crises nas energias renováveis”.
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