Espanha está a viver uma situação política conturbada que já fez com que o presidente da Repsol, Antonio Brufau, afirmasse que os investimentos em hidrogénio que a Repsol tem projetado para Espanha, no valor de 1,5 mil milhões de euros, poderão ser deslocados para Portugal ou França, segundo o jornal ‘Cinco Dias’.
Há dias o CEO da Repsol, Josu Jon Imaz, já deixara o alerta para possíveis paralisações dos projetos e dos investimentos que estão a ser feitos em Espanha, devido à situação política que se vive no país. Agora o presidente da petrolífera veio esclarecer que se os investimentos em hidrogénio, que estão sujeitos à estabilidade jurídica e fiscal, tiverem de suportar algum imposto sobre a produção que não exista em Portugal ou França, os projetos poderão sofrer uma mudança quanto ao destino final.
“São investimentos que se não forem feitos num quadro de estabilidade e com um quadro fiscal atrativo e competitivo em relação às regiões próximas, não vão ter sucesso”, afirmou o presidente da Repsol, depois de Pedro Sanchez ter prometido às multinacionais “estabilidade” e “paz social” para avaliarem os seus investimentos no país.
Esta não é a única empresa a questionar-se sobre a possibilidade de aumentar os seus investimentos em Espanha com o atual quadro jurídico e fiscal. A Iberdrola e a principal acionista da Endesa também têm mostrado as suas preocupações.
Durante o seu discurso, o presidente da Repsol deu ênfase especial ao facto de que se “tivermos uma taxa para produzir hidrogénio que França e Portugal não têm, seguramente a nossa decisão será ir para um destes países”. O presidente da energética considera “incompreensível” que Espanha queira manter um imposto temporário para as empresas energéticas espanholas baseados em lucros extraordinários “hipotéticos”.
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