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ResiAlentejo investe seis milhões em novas unidades de triagem para aumentar reciclagem

A ResiAlentejo investe um milhão de euros numa nova unidade para volumosos e 5,2 milhões de euros numa nova unidade para embalagens e plásticos, contanto com o auxílio de fundos comunitários do POSEUR 2030. No anterior quadro comunitário, a empresa realizou investimentos de 8,2 milhões de euros, através de 12 projetos, que ajudaram a aumentar as quantidades recicladas.
25 Setembro 2024, 07h30

A ResiAlentejo vai investir 6,2 milhões de euros, com o auxílio de fundos comunitários do Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR 2030), numa nova unidade de triagem de volumosos e numa unidade de triagem automatizada de embalagens de plástico e metal, projetos que serão candidatados a este programa comunitário quando abrirem os anúncios, revela o diretor técnico da empresa, Pedro Sobral, ao Jornal Económico. A empresa, no âmbito do último quadro comunitário, realizou investimentos de 8,2 milhões de euros, através de 12 projetos, que ajudaram a aumentar as quantidades recicladas.

A empresa foi constituída em fevereiro de 2000 para gerir o Sistema de Tratamento e Valorização de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) do Baixo Alentejo.

A ResiAlentejo é responsável pelo tratamento dos resíduos urbanos dos concelhos de Almodôvar, Barrancos, Beja, Castro Verde, Mértola, Moura, Ourique e Serpa. Abrange 86.505 habitantes, numa área geográfica de 6.650 Km2.

A empresa vai aproveitar o auxílio dos fundos comunitários para promover uma maior taxa de recicláveis através da aquisição de unidades de triagem para volumosos, que representa um investimento de um milhão de euros, e para embalagens de plástico e metal, num investimento de 5,2 milhões de euros.

“A nova unidade de triagem de volumosos já está em implementação. Neste momento já conseguimos receber todos os volumosos que são recolhidos pelos municípios, fazemos uma triagem manual, em que são separados aqueles materiais que são potencialmente recicláveis. Nós, numa primeira fase, já tínhamos identificado que havia um potencial de cerca de 50% daquele material ter potencial de reciclabilidade”, explica Pedro Sobral.

Este investimento não vai significar um aumento de capacidade, mas permitirá começar a processar o que antes não era processado.

Isto porque a ResiAlentejo recebe cerca de duas mil toneladas por ano de volumosos.

O investimento nesta unidade é de um milhão de euros, e pretende processar a totalidade do que é recebido de volumosos por ano.

Já quanto à unidade de triagem de embalagens e plásticos, esta já foi adjudicada e está em fase de visto do Tribunal de Contas. Aqui o investimento atinge os 5,2 Milhões de euros.

Esta unidade de triagem de embalagens e plástico vai permitir triplicar a capacidade atualmente existente, de cerca de 1.200 toneladas anuais para cerca de quatro a cinco mil toneladas por ano.

Estes dois projetos da ResiAlentejo, que serão candidatados ao POSEUR 2030, vão permitir alcançar dois grandes objetivos traçados pela empresa. Aumentar as quantidades que são recicladas e reduzir a quantidade que é encaminhada para aterro.

“Em 2015 o valor era de 80% [de deposição em aterro]. O nosso objetivo é chegar, em 2035, aos 10% de deposição em aterro. Neste momento andamos à volta dos 32%/33%”, diz Pedro Sobral.

8,2 milhões de euros para 12 projetos no último quadro comunitário

No âmbito do último quadro comunitário, a ResiAlentejo realizou um investimento de 8,2 milhões de euros, através de 12 projetos. Deste total, 6,2 milhões de euros foram financiados com o auxílio do POSEUR e os restantes dois milhões foram suportados pela Resialentejo.

Estes 12 projetos levaram a um aumento substancial de recicláveis processados pela empresa, que quase atingiram o dobro em oito anos, e também passar a escoar composto para a agricultura.

“No último quadro comunitário, com os investimentos que fizemos, conseguimos ter um aumento de 98% ao nível dos recicláveis (inclui biorresíduos). Entre as embalagens e os biorresíduos, passámos de quatro mil toneladas por ano para cerca de oito mil toneladas por ano de recicláveis entre 2015 e 2023”, acrescentou Pedro Sobral.

Ao nível dos investimentos nos biorresíduos destaca-se a ampliação do Tratamento Mecânico e Biológico (TMB) da Resialentejo – Nova linha de bio resíduos, no valor de 2,6 milhões de euros; a valorização de bio resíduos – linha de afinação de composto e investimentos complementares (999 mil euros); e a valorização de bio resíduos – recolha seletiva de bio resíduos em Beja (345 mil euros).

Estes investimentos nos bioressíduos permitiu também passar, em 2015, de não se conseguir escoar composto para, em 2024, se estimar escoar cerca de seis mil toneladas para a agricultura.

No âmbito dos projetos apresentados pela ResiAlentejo, referentes ao anterior quadro comunitário, destaca-se também a Estação de Transferência de Moura, um investimento de cerca de 950 mil euros.

Este investimento permitiu criar um local para a entrega de resíduos recicláveis, incluindo biorresíduos, e inclui também o projeto de porta-a-porta de Moura que abrange cerca de quatro mil fogos habitacionais. No âmbito deste projeto, foram também adquiridas cerca de 19 viaturas para a recolha de embalagens e biorresíduos. E no projeto porta-a-porta foram distribuídos 17 mil contentores para auxiliar a população na separação dos resíduos.

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