Ana Milhazes, fundadora da Zero Waste Portugal que marcou presença no evento do NextLap Summit, refere que há vários desafios na sociedade para aderir à economia circular, nomeadamente o facto de existir uma grande “resistência à mudança de hábitos”.
Este desafio é acompanhado de outros, nomeadamente da falta de acesso a alternativas circulares e de uma grande cultura do descartável enraizada. Contudo, também há oportunidades, entre elas a inovação em produtos e serviços sustentáveis, novos nichos de mercado e fidelização de clientes conscientes, uma redução de custos a longo prazo e diferenciação competitiva.
“A circularidade é colaboração, a responsabilidade é de todos, as empresas podem contribuir, os Governos podem criar infraestruturas e políticas que facilitem esta mudanças e, como comunidades, temos de educar, mobilizar e criar redes de apoio, já como indivíduos temos de mudar hábitos e ser consciencializados”, afirmou Ana Milhazes.
Mas o que podemos fazer no nosso dia-a-dia? “Usar o que já existe, evitar o descartável no local de trabalho, reparar, partilhar ou redistribuir, comprar com critérios circulares, rever processos com “olhos circulares”, ser exemplo e motor de mudanças”.
A socióloga partilhou alguns dados sobre a produção de resíduos na União Europeia (UE), que chegam a 2,5 mil milhões de toneladas por ano, já em Portugal cada um de nós produz cerca de 1,4 quilogramas de lixo por dia.
Esta foi a terceira edição do evento, que decorreu nesta quarta-feira, dia 21 de maio, no jardim botânico Vandelli, em Lisboa, organizado pela ValorPeneu e pela consultora Beta-i, que se foca na economia circular.
O evento tem como objetivo (re)unir o ecossistema da circularidade, visando encontrar novas soluções e compreender como é que a inovação pode trabalhar com as diferentes empresas, universidades, ONG, etc.
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