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“Resistência à mudança de hábitos” é um dos principais desafios do modelo circular

O modelo circular tem três principais pilares, a eliminação de resíduos e poluição, fazer circular, e regenerar a natureza. Contudo, este modelo tem enfrentado alguns desafios, nomeadamente a “resistência à mudança de hábitos”.
21 Maio 2025, 17h36

Ana Milhazes, fundadora da Zero Waste Portugal que marcou presença no evento do NextLap Summit, refere que há vários desafios na sociedade para aderir à economia circular, nomeadamente o facto de existir uma grande “resistência à mudança de hábitos”.

Este desafio é acompanhado de outros, nomeadamente da falta de acesso a alternativas circulares e de uma grande cultura do descartável enraizada. Contudo, também há oportunidades, entre elas a inovação em produtos e serviços sustentáveis, novos nichos de mercado e fidelização de clientes conscientes, uma redução de custos a longo prazo e diferenciação competitiva.

“A circularidade é colaboração, a responsabilidade é de todos, as empresas podem contribuir, os Governos podem criar infraestruturas e políticas que facilitem esta mudanças e, como comunidades, temos de educar, mobilizar e criar redes de apoio, já como indivíduos temos de mudar hábitos e ser consciencializados”, afirmou Ana Milhazes.

Mas o que podemos fazer no nosso dia-a-dia? “Usar o que já existe, evitar o descartável no local de trabalho, reparar, partilhar ou redistribuir, comprar com critérios circulares, rever processos com “olhos circulares”, ser exemplo e motor de mudanças”.

A socióloga partilhou alguns dados sobre a produção de resíduos na União Europeia (UE), que chegam a 2,5 mil milhões de toneladas por ano, já em Portugal cada um de nós produz cerca de 1,4 quilogramas de lixo por dia.

Esta foi a terceira edição do evento, que decorreu nesta quarta-feira, dia 21 de maio, no jardim botânico Vandelli, em Lisboa, organizado pela ValorPeneu e pela consultora Beta-i, que se foca na economia circular.

O evento tem como objetivo (re)unir o ecossistema da circularidade, visando encontrar novas soluções e compreender como é que a inovação pode trabalhar com as diferentes empresas, universidades, ONG, etc.

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