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Respostas Rápidas. Brexit: adiamento da saída foi aprovado. E agora?

Mais de dois anos não foram suficientes para os britânicos se entenderem sobre a sua própria saída da União Europeia. E ainda não é claro o que vão fazer nos próximos três meses. Para já, segue nova cimeira da EU.
Luke MacGregor/Reuters
14 Março 2019, 19h06

Qual é o próximo passo do Reino Unido?

A moção aprovada significa que a Theresa May pedirá agora à União uma prorrogação do artigo 50º até 30 de junho de 2018. Se Bruxelas concordar – como a maioria dos deputados britânicos supõe – o Reino Unido não deixará a União Europeia em 29 de março.

 

A União Europeia vai aceitar?

Tudo indica que sim. É nesse sentido que têm convergido todos os responsáveis da União – Augusto Santos Silva, ministro dos Negócios Estrangeiros português, incluído. Aliás, a União pouco mais pode fazer: sabendo que uma saída dura é o pior para todas as partes, onde se inclui a própria União, aceitar o novo prazo é um favor que faz a si própria.

 

Como formalizará a União esse passo?

Primeiro, May tem de formalizar o pedido. Depois disso, os 27 chefes de Estado e de governo da União terão que decidir por unanimidade numa cimeira a realizar na próxima quinta-feira, 21 de março.

 

Que vai o Reino Unido propor nos próximos meses?

Ninguém sabe. E os mais céticos chegam mesmo ao ponto de dizer que nem o próprio governo britânico sabe. O mais certo é que o Parlamento – que assegurou junto de Theresa May que estará mais próximo das negociações que nos últimos dois anos – insista na cláusula de salvaguarda, o chamado backstop, pedindo que Bruxelas se comprometa com uma solução definitiva o mais depressa possível. De qualquer modo, é preciso não esquecer que a própria Theresa May disse que o país não precisa de mais tempo, mas de união.

 

Esse pedido é certo?

Não – como nada é certo no Brexit. A linha dura dos conservadores consideram que qualquer que seja a solução do problema, isso só fará com que o Reino Unido não saia ‘de facto’ da União. E, por isso, preferem uma saída sem acordo. Theresa May vai ter muito trabalho para convencer os ‘rebeldes’ do seu partido.

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