Depois de ter sido tornada novamente pública em 2021, a TAP está em rota para nova privatização, assolada por problemas estruturais graves e polémicas que deixaram os portugueses na dúvida quanto à aplicação dos 3,2 mil milhões de euros de dinheiros públicos na empresa. O processo já está em curso e, embora moroso, começam a ser conhecidos novos detalhes.
Como deve desenrolar-se o processo de reprivatização da companhia aérea?
O Estado pretende, numa fase inicial, manter 10% a 20% da empresa, como avançou o JE a 10 de fevereiro, admitindo posteriormente alienar a parte restante do capital da empresa ou manter-se como sócio minoritário. Este é um aspeto que tem vindo a gerar alguma discórdia entre os membros do Governo, sendo que a bancada socialista terá vindo a pressionar o Executivo para ficar com uma participação na TAP.
Quem se apresenta como principal candidato à compra da TAP?
Apesar da vontade assumida de venda pelo Estado português, ainda não é conhecido o consórcio que irá comprar a companhia aérea portuguesa. Em visita a Espanha, o ministro da Economia elogiou o grupo Iberia, mas as palavras rapidamente foram suavizadas em Lisboa, mantendo a corrida claramente em aberto. Além da empresa espanhola, os alemães da Lufthansa e o grupo Air France/KLM estarão interessados na companhia nacional.
Em que fase se encontra o processo?
Sendo um processo longo e moroso, este encontra-se numa fase inicial, sem definição ainda do comprador, mas os primeiros passos já estarão a ser dados. Neste momento, o Governo já concluiu o diploma referente ao processo de reprivatização, estando este agora em apreciação em Bruxelas, que avaliará questões de concorrência. Ainda na semana anterior, o ministro das Finanças garantiu que o arranque da privatização deve avançar em breve.
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