Durante a pandemia muitos retalhistas viram-se obrigados a alterar as suas estratégias para conseguir sobreviver, muitos começaram a ter maiores stocks, mudar para fornecedores mais perto das instalações e reduzir a sua dependência da China. Agora estes retalhistas são confrontados com atrasos nos transportes, uma vez que os navios de carga estão a alterar as rotas devido aos conflitos no Mar Vermelho.
Segundo a ‘Reuters’, uma das soluções para o problema dos atrasos é os retalhistas utilizarem o frete aéreo, que implica o envio dos produtos para o Dubai e depois transportá-los de lá para o local final. No entanto, os retalhistas têm uma margem de manobra financeira limitada para gastar em soluções alternativas.
O frete aéreo de mercadorias é cerca de 10 a 12 vezes mais caro do que o transporte marítimo, segundo o CEO da Unique Logistics, Sunandan Ray. No entanto esta opção não é viável para todas as empresas de retalho, uma vez que nem todas têm uma grande margem de manobra financeira.
Para os retalhistas de roupa e de desporto coloca-se outro problema, que é o excesso de stock, os vendedores não querem ficar outra vez com este excesso, uma vez que ainda agora recuperaram desse problema tendo sido obrigados a vender os produtos com desconto.
Os problemas que se vivem no Mar Vermelho têm colocado alguma pressão nos preços e nos custos, no entanto os retalhistas afirmam que uma forma que têm utilizado para contabilizar o aumento de custos e evitar a falta de stocks é fazer menos descontos do que é habitual nesta época do ano.
Estas disrupções nos envios da Ásia para a Europa e para os Estados Unidos podem estimular os retalhistas a adquirirem fornecedores mais próximos dos seus mercados, mas nesta opção o custo também é uma consideração fundamental.
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