A passos pequenos, os valores do desemprego estão a voltar a níveis observados antes da pandemia, com a taxa de desemprego a atingir máximos históricos depois de se fixar em 6,7% no segundo trimestre. No entanto, a retoma da economia parece não ter chegado a todos os segmentos do mercado de trabalho.
De acordo com o “Público”, existem segmentos do mercado de trabalho que ainda se mantêm em valores de emprego reduzidos e significativamente abaixo dos verificados antes da crise sanitária. Com base nos dados do Instituto Nacional de Estatística, a publicação explica que se verificou uma subsistência muito inferior no alojamento e restauração, tendo o turismo sido o sector mais afetado e decorrendo ainda entraves à atividade.
O “Público” explica ainda que os trabalhadores precários foram dos mais atingidos na pandemia, tendo-se perdido 131 mil contratos com termo e ganhado 158,7 mil sem termo, nos moldes de emprego por conta de outrem. Os trabalhadores precários acabaram por ser das primeiras saídas das empresas quando se começaram a surgir as medidas de layoff simplificando, numa tentativa de reduzir os custos.
Também os jovens foram mais afetados pela crise sanitária. No segundo trimestre de 2021 verificavam-se 210,5 mil pessoas entre os 16 e os 44 anos sem estarem empregados, ou em educação e formação, observando-se um valor que subiu dos 191,5 mil jovens no segundo trimestre de 2019.
A economia perdeu ainda empregos menos qualificados, segundo a análise da publicação dos dados do INE. Existem agora menos 108 mil empregos para trabalhadores de serviços pessoais, segurança e vendedores e menos 103 mil para trabalhadores não qualificados. Necessitando de um contacto mais pessoal, estes trabalhadores foram os que mais sofreram com a crise provocada pela Covid-19, nomeadamente por estarem inseridos nos sectores da restauração e alojamento.
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