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Revolut quer rivalizar com Klarna no mercado do “leve agora e pague depois”

O ressurgimento durante a pandemia das solução de pagamento “buy now, pay later” levaram a fintech britânica a planear a sua entrada neste mercado, de forma a rivalizar com a empresa que conseguiu uma valorização mais elevada do que a Revolut no IPO deste ano.
24 Setembro 2021, 15h24

A Revolut pretende entrar no mercado de crédito ‘leve agora, pague depois’ (BNPL, do inglês ‘buy now, pay later’), avança a “Bloomberg”, de forma a rivalizar com a Klarna, a empresa líder deste segmento. A estratégia da fintech britânica surge no seguimento do desenvolvimento que este mercado experienciou no último ano e meio de pandemia, que levou este segmento a valer atualmente 100 mil milhões de dólares (85,83 mil milhões de euros).

O diretor executivo da Revolut havia já sinalizado o interesse neste mercado, que outrora era visto como um nicho, ao revelar numa entrevista à Bloomberg em Londres que, caso dispusesse de um orçamento ilimitado, compraria precisamente a Klarna.

Ambas as empresas, atuando na área dos serviços bancários digitais, avançaram este ano para a listagem pública, sendo que, apesar dos 33 mil milhões de dólares (28,16 mil milhões de euros) que conseguiu a Revolut, a sua rival atingiu uma valorização de 45,6 mil milhões de dólares (38,92 mil milhões de euros).

“Ainda é cedo, mas podemos dizer que o nosso produto vai ser melhor do que o da Klarna”, afirmou Nikolay Storonsky, o diretor executivo da Revolut, que acrescentou ainda que a solução da Revolut “será completamente regulada”.

A questão da regulamentação tem sido um tópico recorrente no mercado de BNPL, dadas as preocupações com os gastos excessivos em que incorrem alguns jovens utilizadores desta modalidade de pagamento, às quais se juntam a possíveis perda de quota de mercado para o sector bancário nas suas atividades de cartões de crédito tradicionais.

A Revolut começou em 2015 como um cartão pré-pago que permitia câmbios sem custos, mas evolui rapidamente para uma variedade de produtos e serviços financeiros, incluindo investimentos em criptoativos ou ações. A empresa encontra-se no processo de licenciamento da sua atividade bancária em vários países, de forma a aumentar a confiança dos investidores e poder competir de forma mais nivelada com o sistema bancário tradicional.

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