Ricardo Mexia é presidente da Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública (ANMSP) e tem-se desdobrado em entrevistas na última semana e meia para explicar aos portugueses quais os riscos deste surto de coronavírus, quais as precauções a seguir e pistas sobre os caminhos que podem ser seguidos para tentar travar esta crise que já contagiou 78 cidadãos em Portugal. Em entrevista ao Jornal Económico, o também médico de Saúde Pública do Departamento de Epidemiologia do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge defende a realização de mais testes junto dos portugueses para conhecer a real situação desta crise em Portugal.
Deveriam estar a ser feitos mais testes para avaliar a situação no país?
O conhecimento claro do que se passa é uma ferramenta importante para tomarmos decisões. O que temos vindo a defender há algum tempo é que se alargue a base de testes, porque neste momento estamos a testar casos com ligação epidemiológica, ou a doentes ou a regiões onde haja transmissão. Portanto, se não testamos pessoas que não encaixam nesta definição de caso, não vamos encontrar se existe, ou não existe disseminação comunitária. Temos casos que nos preocupam muito: os dois casos que tinham sido internados e não tinham sido diagnosticados no hospital de Santa Maria em Lisboa, e o de Santa Maria da Feira, da jovem que tendo ido três vezes à urgência, só à terceira vez é que foi validada. Como essa temos provavelmente outros casos.
Conteúdo reservado a assinantes. Para ler a versão completa, aceda aqui ao JE Leitor
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com