Ricardo Salgado deverá ser acusado pelo Ministério Público (MP) de ldierar um associação criminosa enquanto esteve à frente do Grupo Espírito Santo (GES).
De acordo com a notícia avançada pelo jornal “Público”, este sábado, trata-se de uma organização montada sem conhecimento da maioria da equipa de gestão e das entidades de fiscalização do banco, nomeadamente, do Banco de Portugal.
Segundo os novos factos apurados durante a investigação, Ricardo Salgado terá sido o cérebro e o líder de uma rede criminosa, por si estruturada dentro GES e do Banco Espírito Santo (BES), com a finalidade de cometer delitos de forma organizada. E com o propósito de fazer pagamentos ocultos, de cometer fraude no comércio internacional e de desviar fundos de centenas de milhões de euros para corrupção, tendo desnatado o BES em mais de mil milhões de euros.
Na prática, Salgado terá construído dentro do BES uma entidade paralela, que funcionava à margem dos órgãos de gestão e de controlo e dos supervisores, com o objectivo de “segurar” o GES, financiando a divida das empresas da família. Na sequência das investigações terá sido desenhado um organigrama criminoso, que nasceu das necessidades financeiras do GES.
Depois dos sucessivos adiamentos, tudo indica que o Ministério Público vai cumprir o prazo anunciado para divulgar o despacho de acusação ao processo Universo Espírito Santo, o que terá de fazer até à próxima quarta-feira, 15 de julho.
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