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Ricos viram o rendimento aumentar na mesma medida em que os pobres o viram diminuir

A disparidade de rendimentos é sobretudo alarmante no Médio Oriente, onde os mais ricos, que correspondem a apenas 10% da população, detém cerca de 61% da riqueza da região.
14 Dezembro 2017, 12h24

O fosso entre ricos e pobres tem vindo a agravar-se desde 1980, estando a atingir “níveis extremos”. O relatório “World Inequity”, publicado esta quinta-feira pelo economista francês Thomas Piketty, mostra que os os mais ricos – que correspondem a 0,1% da população mundial – aumentaram a sua riqueza em 50%, na mesma medida em que os mais pobres viram os seus rendimentos diminuir.

“Desde 1980, a desigualdade de rendimentos tem crescido rapidamente na América do Norte, China, Índia e Rússia”, pode ler-se no relatório divulgado. O estudo mostra que 0,1% da população mundial deteve entre 1980 e o ano passado 13% da riqueza mundial. A disparidade de rendimentos é sobretudo alarmante no Médio Oriente, onde os mais ricos, que correspondem a apenas 10% da população, detém cerca de 61% da riqueza da região.

No caso da Europa, o fosso entre ricos e pobres “tem crescido de forma moderada na Europa”, tendo atingido os 37%. Na China, a desigualdade de rendimentos entre ricos e pobres fixou-se nos 41%, 46% na Rússia, 47% nos Estados Unidos e Canadá e cerca de 55% na África subsariana, Brasil e Índia.

De uma perspetiva histórica, este crescimento da desigualdade marca o fim do regime igualitário do pós-guerra, que tem tomado diferentes formas nestas regiões”, explica Thomas Piketty no relatório.

A pessoa mais rica do mundo em 2016, de acordo com a agência ‘Bloomberg’, foi o fundador e CEO da Amazon, Jeff Bezos, com uma fortuna avaliada em 98,8 mil milhões de euros (cerca de 84,1 mil milhões de euros). O multimilionário viu a sua riqueza aumentar 33 mil milhões de dólares (28 mil milhões de euros). Em conjunto com Bill Gates, Warren Buffett,  Mark Zuckerberg e Amancio Ortega (dono da Zara), detêm 425 mil milhões de dólares (362 mil milhões de euros), o que equivale a um sexto do PIB britânico.

 

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