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Rio dá “abanão” ao Governo e diz que decisão de encerramento das escolas só “peca por tardia”

Apesar de reconhecer que governar no atual contexto “não é nada fácil”, Rui Rio diz que “há momentos em que é preciso dar um abanão para ver se o Governo entra na linha”. Deixou ainda críticas à decisão de não haver aulas online, que considera ser o sinal de que o o Executivo não se preparou para o encerramento das escolas.
  • O presidente do Partido Social Democrata (PSD), Rui Rio, durante o segundo dia do 38º Congresso do Partido Social Democrata (PSD), em Viana do Castelo, 8 de Fevereiro de 2020.
21 Janeiro 2021, 19h11

O presidente do PSD, Rui Rio, defendeu que a gestão governativa não pode continuar nos moldes que tem sido feita, considerando que se tem contido nas críticas pelo interesse nacional, mas que é tempo do Governo dar um “rumo certo”, dando como exemplo a decisão sobre o encerramento das escolas, com a qual concorda, mas que diz “peca por tardia”.

“O PSD está obviamente de acordo com esta medida, sendo apenas como todos sabemos que ela peca por tardia”, disse o líder social-democrata esta quinta-feira, em conferência de imprensa, contudo, lamentando que, com o encerramento as escolas, “os alunos ainda vão ter uma situação pior do que aquela que tiveram em abril, na exata medida que não vão ter as aulas à distância”, devido à opção do Executivo.

Rui Rio vincou que “todos compreendemos porque é que o Governo não decidiu de imediato encerrar as escolas e só o fez agora perante a pressão da opinião pública”, argumentando que “não o fez porque tinha consciência que não estava preparado para o fazer”.

“Temos naturalmente de lamentar o desgoverno em que o país tem andado”, realçou. Contudo, “para que não haja demagogia” reconheceu que “isto não é nada fácil. O trabalho do Governo não é nada fácil”, reiterando que o reconheceu desde a primeira hora e que por isso tem “poupado nas críticas” e que “depois me fazem a mim por não fazer as críticas”.

É neste sentido, que o presidente do PSD diz que se tem regido pelo “interesse nacional”, mas “isto não pode continuar assim”, considerando que “com este desgoverno não se inspira confiança nas pessoas e as pessoas a dada altura não sabem aquilo que é correto, aquilo que não é correto e aquilo que não devem fazer”. “Vou continuar da mesma forma, mas tenho que dizer que assim não pode continuar e o governo tem que ter um rumo mais certo”, referiu.

“Há momentos em que é preciso dar um abanão para ver se o Governo entra na linha porque assim Portugal não vai vencer esta batalha da forma como poderia vencer, ou seja, mais cedo do que aquilo que vai acontecer”, concluiu.

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