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Roteiro para construir visão de Cabo Verde para 2030 aprovado em concertação social

O documento será apresentado ao Conselho de Ministros para apreciação e aprovação final.
19 Fevereiro 2020, 10h58

Os parceiros que constituem o Conselho de Concertação Social (CCS) cabo-verdiano aprovaram esta terça-feira o roteiro para a construção da visão de Cabo Verde para 2030, que será apresentado ao Conselho de Ministros para apreciação e aprovação final.

A afirmação é do vice-primeiro-ministro de Cabo Verde, Olavo Correia, que em declarações à imprensa e, em jeito de balanço, avaliou de “positiva” a reunião desse órgão de carácter consultivo realizada esta terça-feira, na cidade da Praia, que tinha como objetivo apreciar e aprovar a Ambição 2030 (Agenda Estratégica de Desenvolvimento Sustentável de Cabo Verde – ODS).

Olavo Correia afirmou que após esta aprovação o coletivo vai dar, de “imediato”, andamento ao “processo de elaboração desta visão” e realçou que Cabo verde não falhou em relação aos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) e, por isso, não poderá falhar com os ODS.

Para que isso aconteça, sustentou, todos os cabo-verdianos devem participar na construção desta visão, um processo que, segundo disse, pode redundar-se na criação e uma ambição para horizonte 2030.

“Além dos diferendos políticos ou dos nossos posicionamentos profissionais é fundamental que a liderança cabo-verdiana, a sociedade e todos nós estejamos convergentes, em relação às prioridades do país, nos próximos anos, para que possamos eliminar a pobreza que atinge cerca de 180 mil pessoas e ter um país desenvolvido e inclusivo no horizonte 2030”, disse Olavo Correia.

O vice-primeiro-ministro cabo-verdiano notou que é nesta perspetiva que lança o apelo para a construção de um processo que se quer participativo, que envolva todos os parceiros sociais, lideranças no país e na diáspora, parceiros internacionais, uma equipa técnica vasta e nos mais diversos domínios, a ajudar a clarificar o quadro do diagnóstico e a desenhar soluções para o futuro.

Feito isso, Olavo Correia apontou como soluções a fazer parte do roteiro e que devem andar à volta do capital humano, as questões relativas à Saúde que têm a ver com a resiliência e redução de custos de fatores, tudo o que tem a ver com a economia verde, a criação de cadeia de valor na agricultura, na ligação ao turismo, na mudança de condições de vida no campo e no mundo rural.

O emprego jovem, considerado uma questão essencial no futuro, a economia azul, a economia digital, uma angora essencial para o futuro do país, e o sector privado nacional que, no ponto de vista do ministro, precisa estar alinhado com aquilo que são as exigências do futuro e que deve ser bem gerido, bem governado, apostado na produção, exportação e na criação de valor, devem também constar das soluções na construção do roteiro 2030.

“Queremos no final deste processo, no mês de maio, realizar uma conferência internacional para apresentarmos as conclusões finais após a aprovação em Conselho de Ministros e em sede de Concertação Social, para que todos os ‘players’ possam ter, em primeira mão, aquilo que são as conclusões deste exercício”, acrescentou. Uma atitude, segundo disse, de disrupção em relação ao passado pois não se pode olhar para o futuro da forma como se vinha fazendo, olhando para o passado.

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