“Tem havido ao longo dos anos por parte dos privados abusos que não são minimamente aceitáveis”, afirmou Rui Rio, que falava aos jornalistas hoje, em Coimbra, à margem da sessão de encerramento da Academia Calvão da Silva, que teve início na sexta-feira, naquela cidade.
“Esses abusos devem-se fundamentalmente a uma ADSE mal gerida”, sustentou o líder social-democrata, considerando que se o instituto de proteção e assistência na saúda aos funcionários públicos fosse “bem gerido, não permitia esses abusos”.
Antes de mais, é preciso “por a ADSE a funcionar como deve ser e não permitir esses abusos e a negociar com os privados como deve ser”, defendeu.
A ADSE é “absolutamente essencial” e “não pode acabar, não deve acabar, presta um bom serviço” a cerca de 1,2 milhões de portugueses.
“Tem de continuar a prestar esse serviço, mas a preços mais baixos, através dessa negociação e do evitar desses abusos”, salientou Rui Rio.
Se a ADSE acabasse, as pessoas que beneficiam dos seus serviços “ficavam pior” e “ficávamos pior todos nós”, utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS), alertou o presidente do PSD, explicando que o SNS “está a rebentar pelas costuras” e (com o fim da ADSE)“caiam-lhe em cima mais um milhão e 200 mil portugueses”.
“A ADSE tem de ser melhorada, não tanto pelo serviço que presta, que é bom, mas nos custos desse mesmo serviço”, concluiu.
A academia política promovida pela JSD e batizada com o nome de Calvão da Silva – ex-ministro, antigo líder distrital de Coimbra e presidente do Conselho de Jurisdição Nacional na liderança de Passos Coelho, que faleceu há cerca de um ano, vítima de doença prolongada – começou sexta-feira e terminou hoje.
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