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Rui Rio diz que PS é o “derrotado” destas eleições presidenciais “por falta de comparência”

O líder social-democrata considera, por não ter apoiado nenhum candidato, o PS era já “um derrotado antecipadamente” e sublinhou que, com esta vitória, a esquerda junta não deverá ultrapassar os 35%. 
  • JOSE COELHO/LUSA
24 Janeiro 2021, 22h49

O presidente do PSD, Rui Rio, destacou este domingo, em reação aos resultados das eleições presidenciais conhecidos até agora, que o “derrotado é o PS” e “por falta de comparência”. O líder social-democrata considera, por não ter apoiado nenhum candidato, o PS era já “um derrotado antecipadamente” e sublinhou que, com esta vitória, a esquerda junta não deverá ultrapassar os 35%.

“Estas eleições mostram a derrota do PS, que é derrotado de uma forma terrível, por falta de comparência”, começou por dizer Rui Rio, em conferência de imprensa. “O PS numa eleição tão importante como é a da eleição de um Presidente da República Portuguesa, não conseguiu apoiar nenhum candidato mas também não conseguiu encontrar um candidato e fomentar uma candidatura em que se visse representado”.

Face a isso, Rui Rio considera que “é por demais evidente que o PS era já um derrotado antecipadamente”.

Para o líder social-democrata, há também outra marca a destacar nestas eleições presidenciais: “os candidatos à esquerda não conseguirão passar muito para lá de 22 ou 23%”, segundo os dados disponíveis. “Ana Gomes, João Ferreira e Marisa Matias juntos andarão em valores desta ordem de grandeza, o que quer dizer que todos os outros que não são de esquerda terão uma votação somada superior a 75%”, analisou.

“Nesses 75%, há uma marca fortíssima: a vitória é do candidato moderado do centro”, salientou Rui Rio, referindo-se a Marcelo Rebelo de Sousa, que deverá ser reeleito, ainda que sem ultrapassar a fasquia dos 70,35% conseguidos por Mário Soares em 1991. Para o segundo mandato, Rui Rio espera que Marcelo Rebelo de Sousa seja “mais exigente com o Governo” do que tem sido.

Rui Rio reconheceu também que André Ventura conseguiu “uma vitória expressiva”, ficando “à frente no Alentejo todo”. “É uma vitória com algum significado, mas não é uma votação brutal”, referiu.

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