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Rui Rio: “Não vale a pena meter um euro na TAP se não houver um plano de negócios consistente”

Líder social-democrata voltou a defender que são necessário critérios para a ajuda de emergência do Estado à TAP. “Se o Estado português mete  dinheiro, obviamente que é o Estado português que tem que tomar a principal responsabilidade”, afirmou.
  • Mário Cruz/Lusa
29 Junho 2020, 13h17

O presidente do PSD, Rui Rio, reafirmou a posição relativamente à ajuda do Estado à TAP, defendendo quer uma plano de reestruturação que permita a viabilidade da empresa no futuro, quer uma posição do Estado “de responsabilidade” enquanto acionista.

“Não vale a pena meter um euro na TAP se não houver um plano de negócios consistente para o futuro, se não significa que estamos a meter dinheiro agora e daqui por um ano estão a pedir mais e a TAP continua a ser um sorvedouro de dinheiros públicos brutais como tem sido ao longo dos anos”, afirmou o líder social-democrata, em declarações aos jornalistas em Valongo, transmitidas pela RTP3.

Para Rui Rio não pode haver dúvidas de que “se o Estado português mete  dinheiro, obviamente que é o Estado português que tem que tomar a principal responsabilidade”.

“Se não os contribuintes portugueses estão a meter dos seus impostos quase mil milhões de euros para serem os privados a gerir da forma como entendem, sem qualquer serviço público”, vincou, afirmando que a companhia aérea “se comporta como uma empresa regional”.

Esta segunda-feira, o acionista da TAP David Neeleman garantiu o “empenho dos privados” no futuro da empresa e agradeceu “muito” o empréstimo de emergência do Estado português, afirmando aceitar a entrada imediata deste na Comissão Executiva da empresa, noticiou a agência Lusa.

“Apesar de não ter sido essa a nossa proposta, agradecemos muito o apoio do Estado português através de um empréstimo de emergência à TAP e aceitamos obviamente as medidas de controlo da utilização desse empréstimo”, afirma Neeleman numa declaração escrita enviada à Lusa.

O comentador político Luís Marques Mendes avançou que um acordo entre o Estado e os accionistas privados da TAP estaria “iminente”. O comentador político anunciou que estariam a decorre negociações ontem à noite, vincando que o impasse de sexta-feira terá sido “quebrado” e “o acordo está iminente”.

Marques Mendes explicou que na última sexta-feira o primeiro-ministro, António Costa, terá reunido com o ministro das Finanças, ministro das Infraestruturas e secretário de Estado do Tesouro “em que foi definida a estratégia para avançar de imediato”.

Esta terça-feira, o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos vai ser ouvido na Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, no Parlamento, depois das audições do presidente executivo da companhia aérea, Antonoaldo Neves, e do presidente do conselho de administração, Miguel Frasquilho, na semana passada.

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