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Rui Rio: “O que se passou no SEF não é razão para se fazer uma reestruturação”

Para o líder do PSD, “se o SEF necessita de reestruturação, essa mudança deve ser feita com ponderação e não agora de forma a tentar encobrir uma situação concreta que aconteceu e que não revela necessariamente uma deficiência no serviço do SEF. Revela uma deficiência naquele caso concreto”.
16 Dezembro 2020, 19h56

Rui Rio defendeu esta quarta-feira que a morte do cidadão ucraniano Ihor Homenyuk nas instalações do SEF, em Lisboa a 12 de março, não é motivo para se proceder a uma reestruturação do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.

À saída da reunião com Marcelo Rebelo de Sousa no Palácio de Belém, que serviu para debate a renovação do estado de emergência, o presidente do PSD acredita que uma reorganização deste serviço nesta altura é precipitado: “Aquilo que se passou no SEF, a questão do cidadão morto pelos agentes do SEF, não é razão para se fazer uma reestruturação. É razão para se mover um processo crime e de averiguar o que se passou naquele caso concreto. Quando ouço o Governo a dizer que quer reestruturar o SEF na sequência da morte do cidadão ucraniano, acho que uma coisa não tem a ver com a outra”.

Para o líder do PSD, “se o SEF necessita de reestruturação, essa mudança deve ser feita com ponderação e não agora de forma a tentar encobrir uma situação concreta que aconteceu e que não revela necessariamente uma deficiência no serviço do SEF. Revela uma deficiência naquele caso concreto”.

Sobre a situação do ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, Rui Rio considera que “é inegável que não geriu bem este tema mas se tem ou não condições, isso é da estrita responsabilidade do primeiro-ministro”.

O cidadão terá sido vítima do crime de homicídio por parte de três inspetores do SEF, já acusados pelo Ministério Público, com a alegada cumplicidade de outros 12 inspetores. O julgamento deste caso terá início em 20 de janeiro.

Noves meses depois do alegado homicídio, a diretora do SEF, Cristina Gatões, demitiu-se na semana passada, após alguns partidos da oposição terem exigido consequências políticas deste caso. Cristina Gatões tinha dito em novembro que a morte do ucraniano foi o resultado de “uma situação de tortura evidente”.

 

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