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Rui Rio vai manifestar-se sobre a crise política no domingo

Apesar de Rui Rio ter cancelado a sua presença num evento em Rio Tinto, Paulo Rangel assumiu que direção do PSD ia responder “no momento certo”, momento esse que ficou marcado para este domingo.
4 Maio 2019, 20h03

O líder do PSD, Rui Rio, cancelou a sua agenda para este sábado e decidiu que só vai fazer uma declaração sobre a crise política, originada pelo descongelamento da carreira dos professores, durante a tarde de domingo. O candidato às eleições europeias, Paulo Rangel, já tinha garantido que a direção do PSD ia responder “no momento certo”.

De acordo com o ‘Observador’, Rui Rio passou o dia a ouvir pessoas próximas, dentro do partido, e personalidades de fora. Desde sexta-feira que o líder do PSD se mantém em silêncio, depois de ter acusado António Costa de fazer um “golpe de teatro”. Rangel justificou que Rio “não vai andar atrás do calendário político que o primeiro-ministro estabeleceu para si mesmo”.

Margarida Mano já tinha vindo a público dizer que Costa “mentiu deliberadamente” em relação ao conteúdo da proposta, embora tenha recusado esclarecer se o partido ia introduzir alternações na sua posição quando o diploma for para a votação final.

Paulo Rangel, num evento onde a presença de Rio era esperada, revelou que era “grave que o primeiro-ministro tenha criado uma crise artificial no país”, evidenciando “um duplo padrão”. O mesmo jornal disse que o líder do PSD deu a entender que não quer seguir o “carnaval que foi montado”.

Durante o evento, o eurodeputado chegou a recordar o caso dos incêndios de 2017, à semelhança de Assunção Cristas, e disse que o primeiro-ministro “não ligou e até foi de férias”, sendo que no caso de Tancos o mesmo “não deu importância”.

Rangel acusou ainda António Costa de ver muitas séries de ficção, dando o exemplo de “House of Cards”, conhecida pela carga de crise política. “Quando se brinca com assuntos sérios, é preciso que as reações sejam dadas no tempo certo”, assumiu o eurodeputado.

O candidato às europeias pelo PSD considerou que a questão da contagem integral do tempo de serviço dos professores se apresenta “mal enquadrada” e defendeu que a proposta do PSD “é responsável” e “tem condicionalidades”, como o crescimento económico ou a consolidação financeira, podendo traduzir-se em pagamento, na antecipação de reformas ou redução de horários.

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