O deputado do Livre e recandidato à direção, Rui Tavares, defendeu hoje que o partido tem que passar “de médio a grande” e estar “pronto para governar” num próximo ciclo, deixando ‘farpas’ a vários adversários políticos.
“As legislativas podem ocorrer antes das autárquicas ou depois. O que é que o Livre tem que ter? Tem que estar preparado para governar. Ou seja, tem que passar de ser um partido que é de projeto e de proposta, que sempre fomos, mas de implementação, de poder e de governação. E isso é um trabalho que a nos dá uma responsabilidade muito maior”, considerou Rui Tavares.
O deputado e fundador chegou ao 14.º Congresso do Livre, que decorre até domingo na Costa de Caparica, em Almada, já depois de os trabalhos da manhã, nos quais não esteve presente.
“O que não faz falta a nenhuma pessoa de norte a sul do país e ilhas, o que não tapa um buraco na rua, é discutir se passado 900 anos de História o chefe de Estado é traidor à pátria, como se tivesse entregado as Selvagens às Canárias”, defendeu, numa crítica ao líder do Chega, André Ventura, que tem acusado o Presidente da Republica, Marcelo Rebelo de Sousa, de “traição à pátria”.
Rui Tavares defendeu que o partido tem que estar preparado para “uma mudança de ciclo governativo” e, “além de ter passado de partido pequeno para partido médio, agora tem que passar de partido médio para partido grande”, algo que considerou possível.
O deputado acusou também o primeiro-ministro, Luís Montenegro, de estar numa “campanha permanente” e dizendo que atualmente “não há governo”.
Num outro momento das suas declarações, Rui Tavares deixou ainda ‘farpas’ aos cabeças de lista às eleições europeias de junho da Aliança Democrática (AD), Sebastião Bugalho, e do Chega, António Tânger Corrêa.
“Não temos como há aí listas em que o cabeça de lista é putinista e depois o número dois anda a dizer que o que ele disse de antissemita não é antissemita. Ou gente que aprendeu a falar sobre a Europa há poucos dias ou que já disse que a União Europeia era a maior inimiga da União Europeia e que agora é o melhor amigo da Europa. Ou gente que nunca teve muita certeza se era mais nacionalista ou menos nacionalista na sua família política”, atirou.
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