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Rússia ameaça que pode cortar fornecimento de gás via Nord Stream 1

A Rússia ameaçou pela primeira vez cortar o fornecimento do gasoduto Nord Stream 1 em resposta ao congelamento da certificação do Nord Stream 2 feito pela Alemanha.
7 Março 2022, 22h36

A Rússia pode cortar o fornecimento de gás através do gasoduto Nord Stream 1 para a Alemanha, mas ainda não tomou tal decisão, disse o vice-primeiro-ministro Alexander Novak nesta segunda-feira segundo a Reuters.

“Em conexão com acusações infundadas contra a Rússia sobre a crise energética na Europa e a imposição da proibição do Nord Stream 2, temos todo o direito de tomar uma decisão correspondente e impor um embargo ao bombeamento de gás através do gasoduto Nord Stream 1” disse Novak num comunicado transmitido pela televisão estatal.

“Mas até agora não tomámos tal decisão”, disse.

O chanceler alemão, Olaf Scholz, “congelou” as perspetivas russas de avançar com a exportação de gás natural para a Alemanha através do gasoduto recém-construído Nord Stream 2.

O chanceler alemão, Olaf Scholz, avisou esta segunda-feira que as importações de energia fóssil da Rússia são “essenciais” para a “vida diária dos cidadãos” e que, por agora, o abastecimento do continente não pode ser garantido de outra forma, noticiou a Lusa.

No momento em que as sanções à energia russa, em retaliação à invasão da Ucrânia, estão a ser ponderadas pelos Estados Unidos e pela União Europeia (UE), “o fornecimento de energia da Europa para produção de calor, mobilidade, eletricidade e indústria não pode ser assegurado de outra forma”, disse Scholz, num comunicado.

O receio de um eventual embargo ocidental ao petróleo russo fez com que os preços do petróleo disparassem novamente, esta segunda-feira.

Scholz recorda que a Europa “deliberadamente” excluiu o fornecimento de energia oriunda da Rússia dos primeiros pacotes de sanções contra Moscovo, sabendo que essa medida iria desestabilizar os mercados e ter um forte impacto na economia europeia.

No 12º dia de guerra, o ministro da Defesa russo prometeu ainda que os militares vão respeitar o cessar-fogo esta segunda-feira e permitir a abertura de corredores humanitários em várias cidades ucranianas.

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