A Ryanair decidiu cortar a meta para o crescimento do número de passageiros no próximo ano devido aos atrasos nas entregas da Boeing, no dia em que apresentou uma quebra de quase 20% dos lucros até setembro.
A companhia aérea low-cost reduziu a meta para 210 milhões de passageiros no próximo ano, quando antes previa 215 milhões de euros, confirmando os planos que já tinham sido avançados pela “Reuters”.
Este corte baseia-se na suposição de que a Boeing vai entregar 15 dos 29 aviões 737 MAX que deveriam chegar até ao próximo verão, mas “há um risco elevado em torno deste número” devido à greve na Boeing, disse Neil Sorahan, administrador financeiro da Ryanair, na apresentação dos resultados divulgados esta segunda-feira.
A decisão é comunicada no dia em que a maior companhia aérea europeia em número de passageiros reportou lucros de 1,79 mil milhões de euros até setembro, o que representa uma descida de 18% em comparação com o período homólogo. Os resultados, em linha com as projeções dos analistas, refletem uma descida de 10% nos preços.
No entanto, os preços no terceiro trimestre só deverão “recuar ligeiramente” em comparação com o mesmo período do ano passado, disse Michael O’Leary, CEO da Ryanair, citado pela “Reuters”.
“As reservas estão fortes, a procura está forte e a descida dos preços parece continuar moderada”, disse na apresentação dos resultados trimestrais. Já Neil Sorahan, administrador financeiro da companhia aérea, disse que os preços devem descer, em média, menos de 5% no terceiro trimestre.
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