O banco aposta em força com uma nova campanha e iguala, no ‘mass market’, o spread mais baixo do mercado. Para clientes Select o spread oferecido é mesmo o mais baixo praticado atualmente,
Está aberta uma nova “guerra de spreads”. Os bancos estão a voltar apostar no crédito à habitação e a luta por clientes faz-se pelo preço, o que é uma boa notícia para quem está a analisar opções de financiamento.
Desta vez é o Santander Totta que lança uma nova campanha. O banco liderado por António Vieira Monteiro posiciona-se entre os mais competitivos e iguala o spread (taxa que é adicionada ao juro de mercado e que, na prática, representa a margem de lucro do banco) mínimo mais baixo do mercado para mass market nos 1,25%. Quem reunir condições para ser cliente Select, e pedir um empréstimo de 150 mil euros, pode beneficiar de um spread mínimo de 1,15%, o mais baixo no mercado atualmente.
Sob o mote “quem quer casa vem ao Totta”, o novo produto, “apresenta uma oferta muito competitiva em vários segmentos, nomeadamente nas manchas de maior procura de crédito do mercado português”, revela a instituição financeira.
A recuperação do slogan que ficou muito conhecido dos portugueses de “quem quer dinheiro vai ao Totta”, demonstra que o banco está apostar forte no crédito à habitação e está decidido a aumentar a sua quota de mercado neste segmento que, segundo a instituição financeira ronda os 20,1%.
“Recuperámos a história da marca Totta, porque sabemos que essa proximidade com os clientes do Banco tem um valor inestimável”, afirmou José Leite Maia, administrador do Banco Santander Totta. A nova campanha vai estar nos meios digitais e imprensa.
O Santander Totta segue-se ao Bankinter e Banco CTT, além do Banco BIC que também fez uma campanha no final do ano passado, como umas das instituições financeiras que está apostar fortemente no crédito à habitação.
O Jornal Económico fez um levantamento dos preçários dos principais bancos a operar em Portugal e é possível verificar que o Santander Totta, a par do Bankinter, surgem com os bancos que estão, atualmente, a praticar os spreads mínimos mais baixos. Além disso, há dois bancos (Banco CTT e BBVA) que têm a particularidade de terem um spread único.
A descida dos spreads tem vindo a acontecer nos últimos dois anos e, neste momento, já nenhum banco pratica spreads mínimos acima de 2%. No entanto, para ter acesso a um spread mínimo é necessário reunir algumas condições e cumprir requisitos que podem não estar ao acesso de todas as pessoas.
Quem tem spread mínimo?
Para se ter acesso à margem mínima no crédito à habitação os bancos exigem algumas condições. Além da domiciliação de ordenado, débito direto de contas, contratação de seguros e cartão de crédito, há também a questão do rácio financiamento/garantia. Do levantamento que o Jornal Económico fez a maioria das instituições financeiras só dá acesso ao spread mínimo a quem tenha um rácio financiamento/garantia inferior a 80% do valor da avaliação. Isto significa que numa casa avaliada em 100 mil euros o banco só empresta 80 mil euros com condições mais vantajosas. Mas podem ainda existir outras exigências como um património ou a média do saldo da conta à ordem acima de um determinado valor. Depende muito de banco para banco. Daí que seja necessário pedir simulações para avaliar os custos.
[Notícia publicada na edição impressa de 17 de Março]
