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Santander Totta avança com plano de saída de 685 colaboradores

A Comissão Executiva do Santander Totta escreveu aos seus colaboradores a anunciar a dimensão da redução de pessoal que é afinal de 685 colaboradores. O Plano de Reestruturação foi reduzido no seu âmbito, de modo a diminuir o número final de colaboradores abrangidos, diz o banco.
29 Junho 2021, 19h52

Numa nota interna, a comissão executiva do Santander Totta revelou aos seus colaboradores que o plano de reestruturação foi esta terça-feira aprovado e conclui a transformação do banco no quadro de recursos humanos.

Segundo a nota a que o Jornal Económico teve acesso, o número estimado de colaboradores abrangidos pelo Plano de Reestruturação é de 685, tendo sido determinado após a implementação dos planos voluntários aprovados pelo banco. “A cada um dos colaboradores abrangidos serão apresentadas as melhores condições de mercado”, garante a equipa liderada por Pedro Castro e Almeida.

O processo de transformação do Santander Portugal “foi comunicado em janeiro deste ano, tendo sido apresentado a essencialidade e a urgência da adequação da atividade do banco aos desafios estruturais da atividade bancária, que implicam um necessário ajustamento do quadro de pessoal”, lê-se na nota.

A administração do Santander Totta diz ainda que “nesse contexto, e tal como referido pela comissão executiva, o banco privilegia sempre que possível as aceitações voluntárias, em detrimento de processos unilaterais”.

Hoje, e tal como anunciado em abril, o Santander Totta apresentou aos principais sindicatos representativos dos Colaboradores e à Comissão Nacional de Trabalhadores um Plano de Reestruturação, contendo a dimensão e o fundamento da redução do quadro de recursos humanos.

“Os planos de saídas voluntárias possibilitaram a diminuição do número de colaboradores abrangidos, por via de soluções concertadas e convergentes”, adianta a administração.

O Plano de Reestruturação incide sobre um total estimado de 685 colaboradores, que estão afetos a diversas áreas dos serviços centrais e à rede comercial do banco, e inclui os colaboradores que seriam abrangidos pelo procedimento unilateral iniciado em Abril, que permanece assim adiado até à conclusão do plano e à verificação do respetivo grau de adesão.

“A cada um dos colaboradores abrangidos, selecionados de acordo com critérios transparentes e objetivos, o banco irá apresentar as melhores condições do mercado, propondo reformas antecipadas aos colaboradores maiores de 55 anos de idade, e incluindo no valor dos acordos de revogação”. Quanto aos demais colaboradores, o Santander Totta garante “uma compensação contendo uma parcela correspondente ao montante ilíquido estimado de subsídio de desemprego”.

“A comissão executiva confia que as condições que são propostas, no contexto da transformação inevitável do Banco, possam ser aceites pelos colaboradores abrangidos, evitando-se por esta forma o recurso a qualquer procedimento unilateral”, diz o órgão liderado por Pedro Castro e Almeida.

Até ao dia 15 de julho, todos os colaboradores abrangidos serão notificados da sua inclusão no Plano de Reestruturação e das condições propostas, podendo vir a apresentar a sua resposta até ao dia 19 de agosto de 2021, informou o banco.

“O plano conclui a transformação do banco em matéria de recursos humanos e de necessidades de redução do quadro de pessoas, devendo o mesmo estar definitivamente implementado antes do final de 2021”, anuncia a instituição financeira.

Recorde-se que a partir de março, “e dando sequência a este princípio, o banco aprovou um conjunto de planos visando a possibilidade de saídas voluntárias, através de reformas antecipadas e/ou acordos de revogação de contratos de trabalho (RMA).

Através destes planos, o Santander Totta apresentou uma proposta de saída aos colaboradores com mais de 55 anos de idade (o Plano 55+), e permitiu também que qualquer colaborador com menos de 55 anos solicitasse a apresentação de uma proposta, lembra a instituição.

Em abril, com a apresentação dos resultados do primeiro trimestre, o banco anunciou a “criação de uma provisão especial para a implementação da transformação, bem como a apresentação, em junho, de um plano formal de restruturação que contivesse a totalidade da redução necessária do quadro de pessoal”, diz o banco.

Também em abril, o Santander Totta anunciou o início de um procedimento unilateral de redução de postos de trabalho, para ser aplicado aos colaboradores da rede comercial cujos postos de trabalho haviam sido extintos e que haviam recusado até esse momento as diversas propostas apresentadas pelo banco. A possibilidade de recorrer ao despedimento coletivo provocou reações dos sindicatos dos bancários. O Sindicato do Quadros chegou mesmo a convocar manifestações à porta do Santander Totta.

O banco liderado por Pedro Castro e Almeida acabou por, início de maio, após conversações com outros sindicatos, decidir adiar esse procedimento unilateral temporariamente, “com a expetativa que as últimas propostas de saída apresentadas pelo banco pudessem vir a ser aceites pelos colaboradores”.

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