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Santander Totta com lucros de 294 milhões no trimestre sobem 58%

A rentabilidade dos capitais próprios ascendeu a 27,2%, acima do verificado no mesmo período do ano passado (19,7%).
30 Abril 2024, 09h42

No final de março de 2024, a Santander Totta SGPS obteve um resultado líquido de 294,4 milhões de euros, que compara com 185,9 milhões no final do mesmo período de 2023, traduzindo um aumento de 58,4%.

A rentabilidade dos capitais próprios ascendeu a 27,2%, acima do verificado no mesmo período do ano passado (19,7%).

A margem financeira disparou num ano 64,4% para 440,6 milhões de euros. As comissões caíram -0,7% para 120,9 milhões de euros. Os resultados em operações financeiras registaram uma redução de 47,8% face ao mesmo período de 2023, situando-se em 4,3 milhões de euros. O que fez com que o produto bancário crescesse +39,1% para 567,3 milhões de euros.

Devido à inflação, os custos operacionais subiram +1,1% para 129 milhões de euros. O banco detalha que “a transformação comercial e digital que continua a executar tem permitido
manter um crescimento dos custos abaixo dos da inflação, em especial da dos serviços. Os custos com pessoal subiram 3,1%, para 70,2 milhões de euros, e os gastos gerais e administrativos cresceram 2,4%, para 49,3 milhões de euros”.

Com isto, o rácio de eficiência (cost-to-income) caiu 8,6 pontos percentuais para 22,7%.

“O resultado líquido alcançado foi de 294,4 milhões de euros. Mantivemos uma qualidade sólida da nossa carteira de crédito e uma adequada geração de capital, o que nos permite continuar a investir na melhoria da qualidade de serviço e na experiência do cliente”, refere em comunicado o CEO do Santander Totta, Pedro Castro e Almeida.

O banco detalha sobre a conta de resultados que a evolução da receita da margem financeira reflete, na quase totalidade, a evolução das taxas de juro de mercado, que permitiu um crescimento face ao período homólogo.

Mas “a dinâmica trimestral já refletiu, por um lado, os efeitos da subida da remuneração da base de depósitos, e, por outro, a inversão da curva de rendimentos associada às expetativas de que o BCE possa iniciar um novo ciclo monetário nos próximos trimestres (as taxas de juro Euribor 6 e 12 meses registaram o seu máximo em setembro/outubro de 2023)”, refere a instituição financeira.

“Adicionalmente, continuou a observar-se um contexto concorrencial bastante competitivo e num quadro de elevada liquidez do sistema bancário, com a consequente pressão em baixa sobre os spreads de crédito”, acrescenta.

No que toca à qualidade da carteira de ativos, o Santander Totta refere “apesar da rápida e pronunciada subida das taxas de juro, nos anos de 2022 e 2023, a qualidade da carteira de crédito não foi afetada, beneficiando em grande medida do baixo desemprego, assim como da atuação proativa por parte dos próprios clientes na gestão dos seus créditos”.

Em resultado, o rácio de NPE (non performing exposure), ou crédito malparado, situou-se em 1,8%, uma redução em 0,3 pp face ao mesmo período de 2023. A cobertura por imparidades é de 86,2%.

No entanto verifica-se um aumento do custo do risco de crédito face ao mesmo período do ano anterior, fixando-se em 0,14%.

A imparidade líquida de ativos financeiros ao custo amortizado, no montante de 5,9 milhões de euros, registou um decréscimo de 65,3% face ao período homólogo.

As provisões líquidas e outros resultados ascenderam a 3,3 milhões de euros, e o resultado antes de impostos e de interesses que não controlam ascendeu a 429,1 milhões de euros, o que traduz um crescimento de 59,2% face ao mesmo período de 2023.

O banco revelou que continuou a crescer a sua base de clientes ativos e de clientes digitais, em mais 57 mil e 60 mil, respetivamente, face ao período homólogo, alavancado na sua transformação comercial digital e comercial. Adicionalmente, continuou a crescer em termos de transacionalidade dos clientes, com mais de 1 milhão de operações diárias de compras e pagamentos (+13,0%).

No balanço, o crédito a clientes ascendeu a 46,6 mil milhões de euros (+9,6% em termos homólogos). Mas o crédito hipotecário reduziu-se em 1,5% face ao período homólogo, enquanto o crédito ao consumo ficou praticamente inalterado, beneficiando de uma progressiva recuperação dos novos volumes de crédito.

Já os recursos de clientes ascenderam a 43,8 mil milhões de euros, o que traduz uma redução de 2,3% face ao mesmo período de 2023, largamente explicada pelo comportamento dos depósitos, que caíram 4,7% para 35,5 mil milhões de euros, mas que foi compensada pela diversificação das poupanças para recursos fora de balanço, os quais cresceram 10,1% neste período.

Em termos de capital, o rácio CET1 (fully implemented) situou-se em 13,6% (+0,2 pp face a março de 2023).

 

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