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Santiago: Governo vai investir 14 milhões de contos em projectos de dessalinização de água para consumo

O Governo vai investir 14 milhões de contos em projectos de dessalinização de água para consumo na ilha de Santiago, garantiu o presidente da Agência Nacional de Águas e Saneamento (ANAS).
21 Agosto 2018, 10h54

Segundo Miguel Ângelo da Moura, o projecto financiado a título de empréstimo pelo Governo japonês em 150 milhões de dólares (cerca de 14. 5 milhões de contos) irá comtemplar duas novas dessalinizadoras, uma em Calheta de São Miguel (interior de Santiago) e outra em Palmarejo, orla marítima da Cidade da Praia.

“Vamos colocar uma nova dessalinizadora no Palmarejo para abastecer a zona de Cidade Velha, São Domingos e Praia e a outra em São Miguel para a região norte da ilha”, explicou o responsável da ANAS, citado pela Inforpress, realçando que o objectivo é diminuir a dependência e debelar o problema de escassez de água na ilha de Santiago, que está com um ligeiro atraso em relação às outras ilhas.

De acordo com o responsável, o projecto prevê uma produção de 35 mil metros cúbicos de água por dia sendo que 15 mil para a região Norte e 20 mil para a zona Sul da ilha.

“Neste momento estamos a analisar as propostas apresentadas pelas empresas que concorrem ao concurso internacional”, revelou Miguel Ângelo da Moura explicando que as obras arrancam ainda no decurso deste ano.

Indicou ainda que o projecto que ficará concluído em 2021, irá ajudar a resolver em parte o problema de água na ilha de Santiago que é confrontada neste momento com o aumento da população.

Entretanto, apelou a população no sentido de poupar água, que está cada vez mais escassa e cara em Cabo Verde.

“Se não poupamos água, a população, sobretudo as pessoas mais pobres vão ter menos possibilidade de acesso a esse líquido” constatou.

Lembrou, por outro lado, que Cabo Verde tem uma posição relativamente boa a nível da região africana, em termos de fornecimento de água per capita, mas em relação ao acesso efectivo reconheceu que o país tem ainda muito caminho a percorrer.

“Para as ambições do país, consideramos que ainda temos muito caminho a percorrer e precisamos realizar nos próximos 20 anos investimentos de cerca de 35 milhões de euros anualmente, cerca de 700 milhões de contos para que o arquipélago tenha água e saneamento de qualidade e em quantidade desejável”, considerou.

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