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Saúde Mental: Pandemia está a criar outra crise em milhões de portugueses

A Covid-19 arrasta consigo problemas de saúde mental que deverão atingir pelo menos 40% da população. Bastonário da Ordem dos Psicólogos Portugueses alerta para a necessidade de contratar profissionais e de garantir que ninguém ficará sem tratamento.
8 Novembro 2020, 18h00

A pandemia desencadeou uma crise global com impacto tremendo na vida de milhões de pessoas, originado não apenas pelo vírus de Covid-19, mas também pelos empregos perdidos, pela disrupção no orçamento das famílias, pelos lutos adiados, pelo aumento das desigualdades, pelas dificuldades no ensino e, sobretudo, pela incerteza sem fim à vista. Não surpreende por isso que, à boleia da crise da saúde, social e económica, estejamos agora a assistir a uma outra: a da saúde psicológica.

Em março, mês em que se registaram os primeiros casos positivos em Portugal, a Covid-19 levantou um véu sobre a urgência de uma reposta a uma necessidade que, segundo os profissionais do setor e especialistas, tem de ser debelada. Desde então, a linha de aconselhamento psicológico do SNS24, criada no âmbito da pandemia, recebeu 45 mil chamadas de apoio. A par com esses pedidos de ajuda, também se registou um aumento no número de consultas de psiquiatria e psiquiatria da infância e da adolescência, de acordo com os dados do Programa Nacional para a Saúde Mental (PNSM) divulgados em outubro.

Segundo os especialistas, nem todos serão afetados da mesma forma. Os riscos serão maiores (e diferentes) em função da idade, género, ocupação, estatuto socioeconómico, variáveis personalísticas ou recursos disponíveis. No entanto, em Portugal, estima-se que pelo menos 40% da população seja afetada pela pandemia a nível da saúde mental.

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