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Schneider Portugal quer atingir zero emissões de gás estufa em 2050

O processo de digitalização em curso na Schneider Portugal permitirá concretização objetivos de sustentabilidade, entre os quais figura o fim das suas emissões poluentes daqui a 28 anos, revelou a empresa na conferência promovida pelo JE, “Indústria Digital e Sustentável”.
7 Junho 2022, 13h16

“Em 2050 queremos ter zero emissões de gás estufa na Schneider Portugal. Para fazer isto a digitalização será um fator chave”, referiu Victor Moure, country manager da Schneider Portugal na conferência “Indústria Digital e Sustentável”, promovida pelo Jornal Económico em parceria com a Schneider.

Victor Moure explicou de que forma a Schneider Portugal avalia o desenvolvimento dos processos de digitalização e os objetivos atingidos ao nível da sustentabilidade pretendida.

“Temos uma folha de registos ao nível da sustentabilidade. Ou seja: Não basta só ter dados, ou ter elementos que estejam conectados para poder enviar essa informação, mas também é preciso ter softwares que nos permitam fazer simulações para podermos fazer uma melhor planificação e para podermos flexibilizar as linhas e o conceito digital em tudo o que estamos a fazer”, adianta Victor Moure.

“Já fizemos isso no ano passado, quando identificámos a empresa que nos ajudará a desenvolver toda a parte digital em Portugal. A sustentabilidade e a transição energética e a transformação digital é algo que realmente vão ligadas, ou seja, não podemos esquecer uma sem a outra. A sustentabilidade tem uma parte normativa, uma parte social e uma parte financeira, que vai impactar nas empresas que não sejam sustentáveis”, refere Victor Moure.

“Estamos a ver é que a transição energética vai reduzir a produção de energia de origem fóssil e isto determinará que a procura poderia aumentar porque sempre haveria oferta. Com esta mudança energética da produção, o que vai acontecer é que a procura vai ter que se adaptar à oferta”, considera o responsável da Schneider.

Para a Schneider, esta transição será potenciada com a transformação digital, que “é o processo de converter o enquadramento empresarial em dados, para depois poderem ser trabalhados e analisados”, refere Victor Moure.

“Diria que o que estamos a ver e a tentar concretizar é que esses dados não fiquem enjaulados numa gaiola, evitando que depois não possam fluir para o resto da organização. Por isso é importante que os dados tenham contextos, e que esse contexto também seja reportado em tempo real e que possa fluir para o resto da organização, porque, sem a possibilidade de poderem chegar aos diferentes departamentos, não haveria nenhuma possibilidade de extrair valor destes dados”, comenta.

A conferência abordou a evolução ocorrida nos processos de digitalização, que registaram uma aceleração consistente nos últimos anos, não só por causa das necessidades criadas pela pandemia de Covid-19, mas também pela alteração do enquadramento em que as empresas trabalham, com o decisor político a apostar neste caminho – como é comprovado pelas linhas de orientação para as políticas europeias.

Além de Victor Moure, participaram nesta conferência Angel Garcia Bombín, Industrial Digital Transformation Director da Sonae Arauco e Carlos Oliveira, da Direção de Engenharia da Generg.

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