“Se a história tivesse sido outra o aeroporto do Montijo estava a funcionar”, diz José Luís Arnaut

José Luís Arnaut lamenta que a escolha do novo aeroporto não tenha passado pelo Montijo, apesar do esforço feito pelo antigo ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos. “Se a história tivesse sido outra, o aeroporto do Montijo estava a funcionar e o de Lisboa estava a crescer”, afirmou o chairman da ANA Aeroportos de Portugal, em conversa com Pedro Costa Ferreira, presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), que teve como tema ‘Um problema por resolver, uma obra por fazer, o caos a acontecer!’, inserida no 50º congresso da APAVT, que decorre até 4 de dezembro, em Macau.

“Apesar da determinação e vontade de Pedro Nuno Santos, por razões que todos conhecemos isso não foi cumprido e isso está a prejudicar a economia nacional. Para mim foi um erro estratégico”, afirmou José Luís Arnaut, manifestando o desejo de arrancar com Alcochete “o mais depressa possivel”.

No entanto, o chairman da ANA assume que este processo é longo porque há um conjunto de requisitos legais europeus e nacionais, que demoram tempo para ser cumpridos.

“Tivemo a fase do Governo avançar e a entrega do estudo de impacto ambiental, será entregue ao Governo em janeiro, ouvimos os stakeholders e redesenhamos tudo em função de acomodar essa nova realidade. Durante um ano temos de ter especialistas de aves para ver o ciclo de passagem para serem tomadas medidas”, salientou.

José Luís Arnaut adiantou que a ANA vai avançar com o projeto de engenharia e construção. “Está escolhida a empresa norte-americana com mais experiência nesta matéria, apoiada pela engenharia portuguesa”, realçou.

O chairman da ANA assumiu que tem uma vontade muito grande de encurtar os prazos para começar a obra do novo aeroporto o mais depressa possível.

“Falamos de um aeroporto que é cinco vezes maior do que o Humberto Delgado, com duas pistas. É preciso criar as acessibilidades porque fica fora da cidade de Lisboa, fazer um estaleiro para 5.200 trabalhadores. Vamos ver se conseguimos arrancar antes de 2036”, sublinhou.

O jornalista viajou até Macau a convite da APAVT.