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“Se não houver Orçamento, há crise política”, diz Marcelo

Marcelo Rebelo de Sousa diz que “portugueses ficam com expectativas por cumprir” e partidos com “promessas” vazias. Presidente da República volta a apelar à aprovação do Orçamento do Estado para 2025.
Marcelo Rebelo de Sousa
Lusa
23 Setembro 2024, 12h28

O Presidente da República volta a apelar à viabilização do Orçamento do Estado (OE) para 2025, defendendo que, não existindo um OE, vai existir crise política em Portugal.

“Se não houver Orçamento do Estado, há crise. Crise política e económica porque não é a mesma coisa ter Orçamento ou não ter Orçamento”, explicou Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalista durante uma visita ao centro de saúde do Restelo, no âmbito da campanha de vacinação da Covid-19 e gripe.

Marcelo Rebelo de Sousa lembrou ainda que os partidos fizeram “promessas, quer do Governo quer da oposição, que implicam Orçamento”. “Não haver Orçamento significa que nenhuma dessas promessas vai ser cumprida, porque já expliquei que o [Orçamento] retificativo não vai avançar”, adiantando que não faz sentido o Governo avançar com algo que não quer.

O Presidente da República explica que sem OE “os portugueses ficam com expectativas por cumprir, adiam-se decisões que são fundamentais da vida das pessoas, e são muitos sectores da população”. “A ideia que se vive em duodécimos… Espanha viveu mas tinha um governo maioritário, o nosso é minoritário”.

No início das suas declarações, o Chefe de Estado admitiu querer que haja OE, tendo em conta toda a situação que se vive no mundo: “tanta interrogação e dúvida sobre a economia, não vale a pena levantar mais um problema”. Ainda assim, diz que Portugal podia viver sem OE, mas que isso não significaria que vivesse bem.

“Queremos dispensar crises”, explicou Marcelo Rebelo de Sousa, indicando ser um “dia bom” por conta da marcação da reunião entre Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos, que se vão sentar à mesa e apresentar as propostas para o OE2025.

Questionado sobre a possibilidade de Portugal avançar para eleições antecipadas, Marcelo diz que “só interessa que o Orçamento passe”. “Eu continuo fisgado, como diz o povo, nessa. Acredito que vai acontecer”.

O Presidente da República atirou ainda que “ninguém gosta de decisões más” e que continua a acreditar na passagem do OE para o próximo ano, evitando colocar o país em suspenso.

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