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Secretária-geral da CGTP aponta para uma adesão elevada às greves

“Este vai ser um grande dia nacional de luta com esta exigências do aumento dos salários, garantia dos direitos, contra aumento o custo de vida, pelo direito à saúde, à habitação, para exigir respostas aos problemas que os trabalhadores sentem todos os dias e que não estão a ter solução”, salientou.
28 Junho 2023, 09h40

A secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha, disse hoje que a adesão às centenas de greves em todo o país no âmbito do dia nacional de luta da central sindical para exigir aumentos salariais “é elevada”.

Centenas de greves, manifestações, concentrações e plenários em todo o país realizam-se hoje, no âmbito do dia nacional de luta da CGTP, para reivindicar aumentos salariais e protestar contra a subida do custo de vida.

“Temos centenas de ações em todo o pais, em todos os setores, ou com greves ou plenários ou concentrações ou outras iniciativas. Estão a marcar este dia como um dia de exigência de alteração das suas condições de trabalho. Trabalhadores exigem aumento geral dos salários, a garantia dos direitos e estão contra o aumento do custo de vida que continua a dificultar brutalmente as suas vidas e das suas famílias, reformados e pensionistas”, disse à Lusa Isabel Camarinha.

A secretária-geral da CGTP indicou cerca das 08:30 que ainda não é possível avançar com número de adesão às centenas de greves, mas adianta que está a ser e vai ser “grande”.

“Este vai ser um grande dia nacional de luta com esta exigências do aumento dos salários, garantia dos direitos, contra aumento o custo de vida, pelo direito à saúde, à habitação, para exigir respostas aos problemas que os trabalhadores sentem todos os dias e que não estão a ter solução”, salientou.

De acordo com Isabel Camarinha, as grandes empresas e os grupos financeiros querem manter os seus níveis brutais de lucros e o Governo, por outro lado, não toma medidas que devia tomar de redução e limitação dos preços e acabar com a especulação, impedindo que estes lucros continuem a acontecer enquanto os trabalhadores empobrecem.

“Vai ser certamente um grande dia de luta. À tarde vamos ter manifestações em várias cidades do país, incluindo Lisboa e Porto. Apelo aos que ainda não se juntaram à nossa luta que o façam. Em unidade devem exigir o que é seu por direito. A riqueza produzida no nosso país permite que todos tenhamos uma vida digna, mas as opções políticas que têm vindo a ser seguidas não estão a garantir”, disse.

A secretária-geral da central sindical vai marcar presença às 09:00 na concentração de trabalhadores da Matutano no Carregado.

“Esta empresa tal como a generalidade paga baixos salários. A empresa não atendido às revindicações dos trabalhadores nomeadamente em relação aos salários e valorização das carreiras e profissões. A empresa não está a dar respostas”, afirmou.

Para a CGTP, “é urgente o aumento geral dos salários e das pensões, pôr fim à especulação que beneficia os grandes grupos económicos, controlar e reduzir os preços de bens e serviços essenciais, taxar os lucros das grandes empresas e alterar o rumo da política que tem vindo a ser seguida e que empurra um número crescente de trabalhadores para a pobreza”.

A CGTP reivindica um aumento dos salários para todos os trabalhadores em, pelo menos, 10% com um mínimo de 100 euros, a subida do salário mínimo para 850 euros e outras medidas que respondam ao aumento do custo de vida.

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