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Sector do turismo receia descida do investimento público nos próximos meses

Estudo do Instituto de Planeamento e Desenvolvimento do Turismo, indica que 80% dos profissionais acreditam que este indicador possa vir a manter ou mesmo a diminuir o seu desempenho.
27 Junho 2024, 13h44

Apesar de anteciparem um aumento significativo da procura internacional para este verão, os profissionais do sector turístico estão preocupados com o facto de o investimento público neste mercado possa vir a descer nos próximos meses. Esta é uma das conclusões da 71ª edição do ‘Barómetro do Turismo’ divulgado pelo Instituto de Planeamento e Desenvolvimento do Turismo (IPDT) esta quinta-feira.

Segundo o estudo, 80% dos profissionais inquiridos acreditam que o investimento público possa vir a manter ou mesmo a diminuir o seu desempenho.

Por outro lado, os membros do sector apostam num crescimento significativo no emprego, na procura externa e na atividade turística, com pontuações entre 59 e 63, numa escala total de 100. De resto, sete em cada 10 inquiridos consideram que o mercado externo vai registar um aumento do número de turistas, de dormidas, de receitas e também de RevPar (receita por quarto disponível) nos próximos meses

Face ao verão de 2023, 84% dos profissionais consideram que o mercado norte-americano irá aumentar a sua representatividade como mercado emissor de turistas no verão de 2024, seguindo-se o Canadá (69%), Brasil (66%) e Espanha (58%). Em sentido inverso, o mercado nacional deverá manter um desempenho semelhante ao período homólogo em análise.

Por outro lado, os mercados japonês, italiano e alemão deverão, também, manter um desempenho semelhante ao do verão de 2023, sendo que no caso do mercado alemão, em específico, 30% dos respondentes preveem a possibilidade de um ligeiro decréscimo.

Cerca de metade dos inquiridos defendem que o mercado interno vai registar um aumento das receitas e do RevPar no verão de 2024, face a 2023 e que o número de turistas e de dormidas de origem interna vai manter-se.

Alívio da carga fiscal no turismo deve ser prioridade do novo Governo

Com a tomada de posse do novo Governo, 60% dos inquiridos defendem que entre as principais medidas para o sector devem constar o alívio ou redução da carga fiscal, mais de 40% destacam a necessidade de uma decisão governamental em relação à localização do novo aeroporto de Lisboa.

A 71ª edição do Barómetro do Turismo do IPDT decorreu entre 26 de março e 2 de abril de 2024, onde se obteve um total de 51 respostas válidas, de profissionais em funções de direção e administração em várias áreas que integram o sector do turismo.

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