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“Sector segurador pesa menos de 1% do PIB angolano”, diz CEO da Fortaleza Seguros

Carlos Firme, CEO da Fortaleza Seguros, considera que para o sector segurador ser uma alavanca do desenvolvimento económico tem de ter um maior peso no produto interno bruto de Angola.
Victor Machado
18 Junho 2024, 13h09

Para que o sector segurador contribua para o desenvolvimento em Angola precisa de ter um maior peso na economia, numa altura em que representa menos de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) angolano, afirmou Carlos Firme, CEO da Fortaleza Seguros.

“O sector segurador em Angola pesa menor de 1% do PIB angolano. É uma sub representação do sector segurador no PIB”, afirmou o presidente executivo da Fortaleza Seguros no evento “Doing Business Angola 2024”, organizado pelo Jornal Económico e pela Forbes África Lusófona, esta terça-feira em Lisboa, num painel que contou também com João Rueff Tavares, diretor da EY Angola. 

“Se o sector segurador é uma alavanca do desenvolvimento económico tem de ter um peso relevante no PIB”, disse Carlos Firme, sublinhando que, nos países desenvolvidos, esta percentagem ronda os 20% a 25%. 

Para que isto aconteça, defendeu, é necessário que haja “capacidade de fiscalização”, para que os “seguros obrigatórios sejam mesmo obrigatórios” e que se faça um esforço “para informar as pessoas sobre a importância dos seguros”.

“É um esforço nosso enquanto atores do sector e um esforço das associações, do regulador e das entidades públicas”, afirmou o CEO da Fortaleza Seguros, frisando que “o desenvolvimento económico não é possível sem um sector segurador forte que tenha peso” na economia.

Carlos Firme disse ainda ser necessário apostar nos fundos de pensões em Angola. “As seguradoras são participantes ativos na criação de fundos de pensões” que “têm um futuro em Angola muito importante”.

Num país com população muito jovem, “há muita gente potencialmente a contribuir e pouca a receber”. Por outro lado, “o Estado tem objetivos e recursos limitados. As pessoas têm de perceber que a capacidade do Estado para garantir as condições de reforma é limitada”. Também “as empresas têm de ver os fundos como um instrumento importante para reter talento”.

“A conjugação destes três fatores leva a que os fundos de pensões tenham capacidade para crescer em Angola”, podendo “ter um papel importante na diversificação da economia angolana”, rematou o presidente executivo da Fortaleza Seguros.

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