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Segunda vaga não abala confiança dos europeus. Economia é ainda principal preocupação dos portugueses

Cerca de 65% dos europeus consideram que a atual situação económica é “má” e 42% pensam que a economia do seu país irá recuperar dos efeitos adversos do surto do coronavírus “em 2023 ou posteriormente”.
23 Outubro 2020, 14h08

Em plena segunda vaga da pandemia, que está a resultar em números recorde de diagnósticos positivos à Covid-19 por toda a Europa, a confiança na União Europeia (UE) permanece estável e os europeus confiam nos seus governadores para tomarem as decisões certas em resposta à pandemia.

A conclusão surge no novo inquérito Eurobarómetro Standard publicado esta sexta-feira. Nos resultados, sabe-se que a situação económica, o estado das finanças públicas dos Estados-membros e a imigração continuam entre as principais preocupações os cidadãos europeus. Desde a primavera de 2014 que o nível de preocupação com a situação económica a nível europeu não era tão elevado.

No contexto da pandemia de coronavírus, a saúde (22%, novo item) é a quarta maior preocupação a nível da UE. A questão do ambiente e das alterações climáticas perdeu oito pontos percentuais (p.p), passando para 20 %, seguindo-se o desemprego (17 %).

Por cá, o mesmo se verifica. A situação económica (33%) ultrapassou a saúde como a questão mais importante a nível nacional, passando da sétima à primeira posição. Embora, na segunda posição, a saúde tenha registado um aumento considerável de menções desde o outono de 2019 (31%), levando-a ao seu nível mais elevado de sempre nos últimos seis anos.

O Eurobarómetro também revela que importância do desemprego aumentou consideravelmente (28%), seguido pelo aumento dos preços, inflação e custo de vida (18%). Quanto ao ambiente e as alterações climáticas, estes perderam seis p.p., representando agora 14% das preocupações entre os portugueses e a dívida pública subiu quatro p.p para 12 %. As referências à imigração (11%) estão ao seu nível mais baixo nos últimos seis anos.

Neste Eurobarómetro, realizado em julho e agosto, a preocupação com a situação económica reflete-se na perceção do estado atual da economia. Cerca de 65% dos europeus consideram que a situação é “má” e 42% pensam que a economia do seu país irá recuperar dos efeitos adversos do surto do coronavírus “em 2023 ou posteriormente”.

Quanto às medidas tomadas para gerir o surto pandémico, os europeus estão divididos: Mais de 40% consideram-se “satisfeitos” contra 44% que “não satisfeitos” relativamente às medidas tomadas pela UE para combater a pandemia. No entanto, 62% afirmam confiar nos governos dos 27 para tomar as decisões adequadas no futuro e 60% continuam otimistas quanto ao futuro da UE.

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