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“Sem vacina, não há escola”. Crianças italianas não vacinadas vão ser enviadas para casa

A regra é clara para o Governo italiano: ”sem vacinas, não há escola”. A nova lei vai punir com multa os pais que enviem crianças para as escolas sem as vacinas atualizadas.
12 Março 2019, 15h33

A nova lei que entrou em vigor, esta terça-feira, em Itália vai impedir os pais de enviarem os seus filhos não vacinados para a escola sendo que os responsáveis que o fizerem correm o risco de ser multados até 500 euros.

A ministra da Saúde italiana confirmou, assim, o fim do prazo dado aos italianos para vacinarem os filhos, depois de meses em debate. Citada pelo diário “La Repubblica”, a ministra Giulia Grillo afirma que “agora, toda a gente teve tempo”. A regra é clara, ”sem vacinas, não há escola”.

Para além da multa, as crianças menores de seis anos podem ser afastadas de creches se não tiverem sido vacinadas contra doenças comuns após uma mudança brusca na política do Movimento das Cinco Estrelas (M5S).  Já os que têm entre seis e 16 não podem ser impedidos de frequentar a escola mas os pais enfrentam multas até 500 euros se não puderem certificar que os filhos têm todas as vacinas obrigatórias e gratuitas (sarampo, rubéola, poliomielite, difteria, tétano, hepatite B, tosse convulsa, hemofilia de tipo B, varicela e papeira).

Esta nova lei surge depois de um surto de casos de sarampo no país que representaram quase um quarto de todos os casos de sarampo na Europa no ano passado, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com o relatório, a Itália foi um dos países com maior número de casos de sarampo no período analisado.

Mas as autoridades italianas argumentam que a lei das vacinas ajudou a normalizar as taxas de sarampo para 95% de cobertura recomendada pela OMS.

De acordo com a imprensa italiana, dois pais já foram acusados de terem apresentado falsos certificados numa escola pública em Florença. Em Bolonha, sabe-se que as autoridades enviaram cartas de suspensão aos pais de 300 crianças, de um total de 5 mil que ainda não apresentaram documentos a confirmar que estão vacinadas.

 

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