Semapa compra empresa de quadros para bicicletas por 179 milhões (com áudio)

A Semapa, através da subsidiária Aphelion, adquiriu uma participação de 100% na Triangle’s – Cycling Equipments por 178,7 milhões de euros, nos quais se incluem 12,1 milhões de euros de créditos acionistas, revelou esta terça-feira o grupo papeleiro e cimenteiro.

Fundada em 2015, a Triangle’s produz quadros para bicicletas elétricas (e-bikes) desde 2017, estando a afirmar-se na indústria através da automação, segundo o comprador, que considera que existe alinhamento entre as duas estratégias de descarbonização.

“Em resultado da forte aposta em I&D [Investigação e Desenvolvimento], a Triangle’s é hoje uma referência mundial na produção de quadros para e-bikes, tendo no seu portefólio de clientes várias prestigiadas marcas do sector”, defende a Semapa, esclarecendo que, no seguimento da aquisição, pretende acelerar o crescimento da startup, investir na “expansão da capacidade instalada e numa contínua aposta no desenvolvimento tecnológico”.

O negócio da Aphelion envolve ainda o pagamento de “uma componente adicional a ser paga até 2027 que estará dependente da performance da empresa e da verificação de determinadas condições”, de acordo com a informação disponibilizada pela Semapa, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Em termos de mudanças na equipa, a Semapa adiantou que o empresário de Águeda Armando Levi, CEO da Rodi — Sinks & Ideas, anterior acionista maioritário e o principal impulsionador da Triangle’s, vai manter-se no conselho de administração da empresa.

Quase todas as vendas da Triangle’s se destinam a exportação e, embora não se conheçam os principais mercados, sabe-se que essas receitas foram de 36,7 milhões de euros no ano passado, o que significa que mais que triplicaram em relação aos 8,1 milhões de euros faturados em 2020.

“A transação é mais um passo no novo ciclo de investimento e diversificação da Semapa, numa aposta em sectores de futuro combinando objetivos de descarbonização e sustentabilidade com perspetivas de crescimento”, conclui a cotada portuguesa, na nota publicada pela CMVM.