Semicondutores lideram ganhos europeus contrariados por Lisboa

O índice PSI encerrou a sessão desta segunda-feira a negociar em perda, arrastado pelas cotadas do grupo EDP. O sentimento lá fora foi bastante distinto, já que as mais importantes praças beneficiaram de fortes valorizações registadas nas tecnologias.

Assim, o índice de referência da bolsa de Lisboa recuou 0,15%, até aos 6.435 pontos.

A cotação de mercado da EDP derrapou 1,31% para 3,159 euros por ação, ao passo que a EDP Renováveis tombou 2,69%, até aos 9,96 euros. Seguiu-se a descida de 1,25% na Semapa, que se ficou pelos 14,22 euros, ao mesmo tempo que a Jerónimo Martins contraiu 1,12% para 18,60 euros.

O BCP contrariou parcialmente o sentimento, na medida em que os títulos valorizaram 2,14% até aos 0,4722 euros. A Mota-Engil adiantou-se 1,73% e alcançou os 3,056 euros, ao passo que a NOS somou 1,47% para 3,45 euros.

Entre os índices europeus, o sentimento foi bastante distinto, pautado por fortes ganhos no setor tecnológico, que levaram o índice agregado Euro Stoxx 50 a subir 2,35%. Em destaque estiveram as valorizações superiores a 7 e 8% na Infineon e na ASML. As duas fabricantes de chips semicondutores marcaram o dia pelos melhores motivos.

Simultaneamente, França registou um incremento de 2,24% no principal índice, ao beneficiar de uma valorização que se aproximou de 8% na STMicro, que opera no mesmo setor, além de o luxo também ter vivido um dia amplamente positivo.

Num dia que também foi de ganhos expressivos nos setores automóvel, do consumo e da banca, seguiram-se avanços de 1,58% na Alemanha (impulso da Infineon), 1,34% em Espanha (BBVA subiu mais de 4%) e 0,24% no Reino Unido.

A bolsa de Milão esteve encerrada para o feriado do Dia de Reis e reabre esta terça-feira.

Na manhã desta terça-feira, o Eurostat vai divulgar dados referentes à taxa de inflação na zona euro em dezembro. Depois de o indicador acelerar para 2,2% em novembro, o BCE voltou a cortar nas taxas de juro de referência em dezembro, o que representa um novo estímulo à economia, que os mercados receiam que possa levar a nova aceleração.

Recorde-se que a subida que se observou em novembro foi a variação homóloga mais acentuada desde agosto. A próxima reunião daquele banco central está agendada para o dia 30 de janeiro.