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Senado deve confirmar Amy Barrett para supremo tribunal dos Estados Unidos

A pressa para confirmar Barrett, de 48 anos, dividiu democratas e republicanos, sendo esta a primeira vez que um candidato ao tribunal supremo é confirmado pelo Senado tão próximo a uma eleição presidencial,
26 Outubro 2020, 14h53

O Senado dos Estados Unidos, controlado pelos republicanos, deve confirmar esta segunda-feira, 26 de outubro, que a escolhida pelo presidente Donald Trump, Amy Coney Barrett, será a próxima juíza do Supremo Tribunal, segundo conta a agência “Reuters”.

Durante a sua audiência de confirmação perante o Comité Jurídico do Senado este mês, Amy Barrett, uma das favoritas dos conservadores cristãos, evitou questões sobre o aborto, poderes presidenciais, mudanças climáticas, direitos de voto e o programa Obamacare.

“Acredito que a juiza Barrett representa uma ameaça aos próprios direitos, incluindo direitos reprodutivos, direitos de indivíduos LGBT e direitos de voto, que a juiz Ginsburg trabalhou tão arduamente para proteger”, disse a democrata Dianne Feinstein que se opõe à nomeação.

Quanto aos republicanos, não vão ser problema, sendo que controlam a camara por 53-47 e não existem indícios de revolta interna contra a juíza conservadora do tribunal de apelações que promete suceder à liberal Ruth Bader Ginsburg, parece quase certo Amy Barret assumirá um cargo vitalício e o tribunal supremo passar a ter uma maioria solida conservadora de 6-3. Espera-se que vários republicanos que anteriormente expressaram preocupações sobre apressar o processo, incluindo a republicana do Alasca Lisa Murkowski, aprovem a nomeação de Barrett.

Segundo a “Reuters” é também esperado que Barrett participe numa audiência crucial a 10 de novembro, onde alguns republicanos e Donald Trump vão pedir ao tribunal que revogue a Lei de Cuidados Acessíveis. A lei de saúde de 2010, popularmente conhecida como Obamacare, ajudou milhões de americanos a obter seguro médico e protegeu aqueles com doenças pré-existentes.

Amy Barrett foi nomeada a 26 de setembro após a morte de Ginsburg. Já criticou as decisões anteriores que defendiam o Obamacare, mas disse durante sua audiência de confirmação que não tinha intenção para invalidar a medida.

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