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Serviços financeiros? “Agora podemos fazer as coisas de forma diferente”, diz ministro britânico

“Agora que deixamos a União Europeia, podemos fazer as coisas de forma um pouco diferente (nos serviços financeiros)”, disse este domingo o ministro das Finanças do Reino Unido, Rishi Sunak.
27 Dezembro 2020, 12h26

O Brexit permitirá ao Reino Unido “fazer as coisas de forma diferente” nos serviços financeiros, disse este domingo o ministro das Finanças britânico, três dias depois de Londres e Bruxelas terem chegado ao tão esperado acordo comercial. No entanto, Rishi Sunak garante que irá cooperar com a União Europeia na abordagem ao sector.

“Agora que deixamos a União Europeia, podemos fazer as coisas de forma um pouco diferente (nos serviços financeiros)”, disse o ministro aos jornalistas, segundo reporta a Reuters.

A partir do próximo dia 1 de janeiro, os grupos de serviços financeiros com sede no Reino Unido perdem o acesso automático ao mercado único da União Europeia. O novo acesso deverá ser negociado fora do acordo comercial, noutros documentos para esse efeito, com termos de equivalência específicos.

A União Europeia e o Reino Unido chegaram a um acordo pós-Brexit na véspera de Natal e no dia seguinte Michel Barnier esteve a informar os embaixadores e diplomatas sobre os termos específicos desse deal.

O acordo tem quase 2 mil páginas, incluindo aproximadamente mil páginas de anexos e notas de rodapé, mas ainda não foi publicado na versão integral. Os deputados britânicos continuam à espera de ler o texto completo, o que terá acontecer antes da votação no Parlamento que se realiza a 30 de dezembro. O principal negociador comercial do Reino Unido, Lord Frost, diz que o acordo – que o Parlamento Europeu também ainda tem de ratificar – será divulgado em breve.

Para a presidente da Comissão Europeia, atingiu-se um acordo “justo e equilibrado”, ao fim da travessia de uma estrada “longa e sinuosa. “As negociações foram muito difíceis. Mas com tanto em jogo, para tantos, este era um acordo pelo qual valia a pena lutar. Temos de evitar grandes mudanças para os trabalhadores, empresas e viajantes depois de 1 de janeiro de 2020. Isso protegerá os interesses europeus. É também, creio eu, o interesse do Reino Unido”, referiu Ursula Von der Leyen na conferência de imprensa desta quinta-feira.

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